Sociedade

País vai realizar cursos para 1.300 formadores

Edivaldo Cristóvão

Jornalista

A ministra da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, Teresa Rodrigues Dias, anunciou, ontem, em Luanda, que o Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional (INEFOP) vai formar 1.300 formadores em todo o país, para que estejam à altura da grande procura do mercado de trabalho.

23/02/2021  Última atualização 12H07
Ministra do Trabalho e embaixadora da UE (ao centro) durante o acto © Fotografia por: Cedida
A informação foi dada durante o encerramento do curso de formação de formadores, que abrangeu 31 cidadãos dos centros de formação profissional das províncias de Benguela, Huambo, Huíla, Luanda e Uíge, que decorreu de 8 a 19 deste mês.
A ministra realçou que além da formação pedagógica, a acção formativa serviu para superar a técnica dos formadores. Teresa Rodrigues Dias reconheceu que a conclusão do presente ciclo formativo só foi possível  graças à boa cooperação existente entre o Governo e a União Europeia (UE), a quem  agradeceu pelo incondicional e reiterado apoio, esperando que esta cooperação se estenda a outras áreas estratégicas, entre as quais o programa de estágios profissionais e as medidas de incentivo à criação de empregos.

Apesar da situação pandémica que aflige o mundo, a ministra assegurou que no presente ciclo formativo, através do recurso às tecnologias de informação, concluíram o curso com sucesso  31 formadores de formadores, com o imprescindível apoio de formadores a partir de França.
A ministra reconheceu que o contexto ainda é desafiador, quer pela pandemia da Covid-19, como pela crise económica e financeira que está a devastar inúmeros postos de trabalho.

Por sua vez, a adida de cooperação da Embaixada de França, Irene Kirsh, disse que está feliz e orgulhosa em colaborar com o Executivo no projecto de formação profissional.
Sublinhou que o capital humano é o principal recurso de desenvolvimento de um país. Tratando-se de uma formação pedagógica, sobre as metodologias de transmissão do saber, defendeu que cada formador tem a obrigação de seguir esta formação.

Irene Kirsh disse que após esta formação, a França vai abrir um novo eixo de cooperação com o INEFOP, avaliado em 150 mil euros, antes do final do ano, para beneficiar 120 formadores das províncias do Uíge, Huíla, Moxico, Luanda, Huambo e Benguela.
Essas acções formativas serão técnicas, não presenciais e com a duração de 180 horas, proporcionadas por oito franceses dos sectores da electricidade, energia sustentável, alvenaria, canalização e soldadura.

Ainda no quadro do novo acordo, está previsto o apetrechamento de oficinas de formação técnica, a serem escolhidas pelo INEFOP.
A embaixadora da União Europeia, Jannette Seppen, disse que a formação profissional é um sector prioritário para a UE em Angola.
Jannette Seppen realçou que o apoio na formação profissional faz parte de acordos firmados com Angola, fundamentalmente da Agenda 2030 da ONU, em particular do Desenvolvimento Sustentável, que fala do trabalho digno e decente e do crescimento económico.

"Em outros países que temos parcerias, 48 por cento dos estudantes estão matriculados em cursos de formação profissional. Em Angola, com o crescimento populacional e com a política do Governo em relação à diversifição económica, a formação profissional continua a jogar um papel fundamental na criação de emprego para jovens, seja no sector público e privado", disse.

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