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Papa pede distribuição de vacinas a países pobres

O Papa Francisco exortou, ontem, a comunidade internacional a “um compromisso comum para superar os atrasos” na distribuição das vacinas contra o coronavírus e "promover a distribuição, especialmente nos países mais pobres".

05/04/2021  Última atualização 08H17
Papa Francisco © Fotografia por: DR
Depois de celebrar a Missa no Domingo da Ressurreição, no interior  da Basílica, e não da varanda da fachada de São Pedro como é tradição, devido ao confinamento na Itália, o Papa rezou para que "o Senhor dê conforto e amparo ao cansaço dos médicos e enfermeiras". Destacou que "todas as pessoas, principalmente as mais fragilizadas, necessitam de assistência e têm direito aos tratamentos necessários".

"Isso fica ainda mais evidente, neste momento em que todos somos chamados  combater a pandemia e as vacinas são uma ferramenta essencial nesta luta", afirmou.
Nesta segunda Páscoa, anómala, pelas restrições, Francisco disse, ainda, que "a pandemia continua a todo vapor" e que a crise social e económica "é gravíssima, sobretudo para os mais pobres".
O Papa considerou um escândalo que, apesar da situação crítica que o mundo vive por causa da pandemia, não terem cessado os conflitos armados e de estarem a ser reforçados os arsenais militares.

"Este é o escândalo dos nossos dias", disse, acrescentando que "o Cristo ressuscitado é a esperança para todos aqueles que ainda sofrem por causa da pandemia, para os doentes e para aqueles que perderam um ente querido" assim como "para quem perdeu o emprego ou vive graves dificuldades económicas e carece de protecção social adequada".

Na mensagem, o Pontífice argentino pediu que "o Senhor inspire a acção dos poderes públicos para que todos, especialmente as famílias mais necessitadas, recebam a ajuda essencial para um sustento adequado".


Francisco lembrou que "infelizmente a pandemia aumentou dramaticamente o número de pobres e o desespero de milhares de pessoas" e pediu esperança "a tantos jovens obrigados a passar longos períodos sem irem à escola ou à universidade, e sem poderem compartilhar o tempo com os amigos"


"Todos precisamos experimentar relações humanas reais e não apenas virtuais, especialmente na idade em que o carácter e a personalidade são formados", disse o Papa na referindo-se aos jovens.
O Papa fez ainda menção aos "os emigrantes que fogem da guerra e da miséria" e pediu "que não faltem sinais concretos de solidariedade e fraternidade humana".


A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.839.051 mortos no mundo desde o final de 2019, resultantes de mais de 130,1 milhões de casos de infecção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

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