Política

Parlamentares do MPLA apoiam vítimas de chuvas

Edna Dala

Jornalista

O Grupo Parlamentar do MPLA solidarizou-se, ontem, com as vítimas das chuvas nos municípios de Viana, Cacuaco e Cazenga, em Luanda.

25/04/2021  Última atualização 09H28
Afectados nos três municípios mais populosos de Luanda receberam a solidariedade do MPLA © Fotografia por: Agostinho Narciso | Edições Novembro
Os deputados da maioria parlamentar, repartidos em três grupos, levaram conforto e bens alimentares diversos às famílias desalojadas e àquelas que perderam entes-queridos na consequência da chuva.

Depois de manter contacto directo com algumas famílias do Sector 20, na zona do Buraco da Terra Vermelha, o presidente do Grupo parlamentar do MPLA, Virgílio de Fontes Pereira, considerou "importante emprestar uma palavra de incentivo e aconselhamento à população, para que saiba encarar, não apenas a dor da perda de um ente-querido, mas, também, ter coragem, de modo a reconstruírem as vidas.”

À imprensa, Virgílio de Fontes Pereira reconheceu que há muito trabalho a fazer em termos de reabilitação de infra-estruturas e de educação cívica, porque "muita gente, principalmente em áreas como Cazenga, continua a construir em zonas de risco”.
O Grupo Parlamentar do MPLA, disse, vai advogar em casos extremos, onde a possibilidade de realojamento seja materializada em breve.

"Todos têm responsabilidades. Em primeiro lugar, o próprio Estado, que tem de garantir melhores condições para as populações, assim como as populações, devem ter a consciência de que não podem construir em qualquer sítio”, referiu. Os partidos políticos, realçou, também têm responsabilidade junto dos militantes, e junto dos militantes devem fazer o trabalho de educação cívica.
"As igrejas também têm um papel a cumprir, assim como a imprensa, que deve publicar esses factos e passar uma mensagem pedagógica para que as pessoas assumam as dificuldades e, sobretudo, os riscos que todos correm quando acontecem situações do género”, disse.

A Zona do Buraco do Sector 20, no Kalawenda, por exemplo, explicou, era uma fonte de recolha de inertes, mas as pessoas construíram residência e hoje, infelizmente, estão a sofrer o impacto da violência das últimas enxurradas.
Em relação à situação das pessoas desalojadas, considerou preocupante e referiu que, "além dos estragos normais da chuvas, há casos concretos que merecem resposta urgente, nomeadamente algumas casas destruídas e de famílias ao relento, em particular, o caso de um casal de jovens com um bebé de um mês a viver praticamente ao ar livre”.

Francisco Gaspar Cassua, 63 anos, é uma das vítimas que viu a família, de nove membros, ficar sem abrigo em consequência das últimas chuvas. Depois de perder a casa, o filho mais velho, que também vive em condições precárias, teve de recuperar uma casa abandonada no mesmo bairro, para acolher temporariamente o pai.
Os deputados levaram bens diversos de primeira necessidade compostos por massa e óleo alimentar, arroz, fogões a gás, detergentes, açúcar, fuba de milho e feijão, entre outros.

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