Economia

Passageiros protestam contra venda de bilhetes em excesso

A TAP não reagiu, instada, ontem, pelo Jornal de Angola, à denúncia de passageiros que protestam contra a emissão, em curso, de bilhetes de passagem para voos não autorizados pelo Instituto Nacional da Aviação Civil (Inavic), onde uma fonte declarou à nossa reportagem não haver reclamações relativas a este episódio que, nos primeiros dias da semana, deixou centenas em terra.

30/04/2021  Última atualização 11H30
© Fotografia por: DR
As informações disponíveis indicam que, apesar da TAP estar autorizada a operar apenas uma ligação semanal entre Luanda e Lisboa, um voo humanitário realizado às sextas-feiras, a companhia portuguesa colocou à venda online bilhetes de voos para os quais não possui autorização.Os bilhetes vendidos diziam respeito aos voos de sexta-feira 16, bem como aos de segunda e terça-feira seguintes, em ligações que acabaram canceladas, com os passageiros a alegarem transtornos como o impedimento de comparecerem a consultas médicas, a actividades académicas ou a compromissos de trabalho.

Naquela sexta-feira, a TAP teve de incorrer em gastos para enviar e manter num hotel os passageiros do voo cancelado nesse dia, de acordo com as informações obtidas pela nossa reportagem, às quais a companhia não reagiu, apesar de manter as vendas online.Uma fonte ligada à aviação civil declarou que as vendas encetadas pela TAP podem corresponder às expectativas dos operadores do mercado aéreo angolano, quanto a um relaxamento das medidas para conter a propagação da pandemia da Covid-19, apenas goradas com o Decreto Presidencial anunciado quarta-feira, em Luanda, a agravar ligeiramente as restrições.

No entanto, uma declaração da secretária de Estado para as Comunidades Portuguesas, Berta Nunes, que, na quarta-feira, 21, terminou uma deslocação de cinco dias a Angola, advertia para a manutenção das escalas efectuadas pela TAP e pela sua congénere angolana TAAG nos dois países."Ter um voo só semanal é uma questão que tem a ver com a reciprocidade, a TAAG tem um voo semanal, a TAP também: este é também um acordo entre Governos, porque têm de ser autorizados a nível dos Governos”, referiu.  

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