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Perfil do director Técnico define seleccionador nacional

Anaximandro Magalhães

Jornalista

O perfil do director Técnico, a ser traçado até à primeira quinzena de Abril, vai definir a contratação do seleccionador nacional sénior masculino de basquetebol, garantiu ontem, ao Jornal de Angola, o presidente da Federação, Moniz Silva.

04/03/2021  Última atualização 11H25
Presidente garante que a direcção vai analisar as especificidades da pessoa a ser contratada © Fotografia por: DR
"Dentro de um mês, vamos traçar o perfil do director Técnico, figura que queremos contratar para juntos podermos analisar e escolher o treinador da selecção. Não queremos queimar etapas. É preciso fazer bem as coisas senão a cada mudança de direcção se definem novas políticas”, disse o número um da hierarquia directiva.

Para o dirigente, o tempo permite fazer uma escolha livre de pressão: "pois, ainda temos alguns meses para decidir com calma qual o destino a seguir. Por agora, o importante é dar início à disputa do Campeonato Nacional, no dia 12 deste mês”.   
Em relação a nomes propostos para o cargo, Moniz Silva esquivou comentá-los e justificou: "antes, temos de definir quem queremos contratar e quais as suas especificidades”. 

Questionado se José Neto, técnico cedido pelo Petro de Luanda, a pedido da Comissão de Gestão adhoc para conduzir os destinos da Selecção Nacional na disputa das duas janelas de apuramento ao Campeonato Africano das Nações, Afrobasket´2021, será a escolha imediata, o presidente jogou à defesa e disse: "ele e todos os outros treinadores”.   

Prosseguindo, defendeu a necessidade de se começar a trabalhar de forma a garantir condições para o "cinco” nacional estagiar por um período superior a 20 dias, bem como realizar jogos de controlo com selecções fortes.  
Porque, como defende: "o nosso objectivo é chegar bem ao Afrobasket”. Relativamente à presença no Torneio Pré-Olímpico, de 29 de Junho a 4 de Julho, onde joga no Grupo B, com sede na cidade de Kaunas, Lituânia, ao lado das congéneres da Polónia e Eslovénia, Angola tem objectivos modestos.
 
Tarefa hercúlea  
A tarefa de Angola na corrida a uma das quatro vagas de acesso aos Jogos Olímpicos de Tóquio'2020, Japão, não se afigura fácil, pois terá pela frente os polacos, oitavos no mundial e 13º no "ranking” da FIBA, com 573,7 pontos.
Por sua vez, os eslovenos (tal como os croatas), cuja presença no Pré-Olímpico se deve a um convite (wild card) endereçado pela entidade máxima da modalidade, ocupam a 16ª posição, com 521,2 pontos.
Neste particular, os hendecacampeões, 27º no mundial e 32º no "ranking”, com 336,7 pontos, têm teoricamente menos possibilidades de vergar os adversários. 

Apuradas directamente para Tóquio'2020, cujos Jogos foram remarcados para este ano, estão a Argentina, Austrália, França, Irão, Nigéria, Espanha e Estados Unidos. O Japão qualificou-se automaticamente por ser o organizador do evento.
Angola estreou-se em Jogos Olímpicos, em 1992, em Barcelona, Espanha. Atlanta'1996 (EUA), Sidney'2000 (Austrália), Atenas'2004 (Grécia) e Pequim'2008 (China) completam o leque de participações.  

Atletas contactados  
Relativamente aos jogadores angolanos que militam nos Estados Unidos, Moniz Silva garantiu: "já falámos com todos eles e estão disponíveis a representar a selecção tão logo seja possível”.
Bruno Fernando, jogador do Atlanta Hawks da NBA, e principal activo da equipa angolana, Sílvio Sousa, Selton Miguel, Eric Amândio e Valdir Manuel são alguns dos jogadores com quem foram mantidos contactos.
 
Sorteio sem data  

O sorteio do Afrobasket, apurou o Jornal de Angola, ainda não tem data prevista. Qualificadas para o maior evento da bola ao cesto africana estão as selecções de Angola, Senegal, Quénia, Tunísia, Congo Democrático, República Centro Africana (RCA), Costa do Marfim, Camarões, Guiné-Conacry, Nigéria, Sudão do Sul, Mali, Egipto, Cabo-Verde, Marrocos e Rwanda, país anfitrião.

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