Desporto

Petro cai com estrondo “aos pés” do Santa Rita

Paulo Caculo

Jornalista

O Petro de Luanda viu-se, ontem, impotente para manter a invencibilidade no Campeonato Nacional de Futebol da Primeira Divisão, Girabola'2020/21, ao perder por 2-1, com surpresa, na deslocação ao terreno do Santa Rita do Uíge, em partida da quarta jornada.

18/01/2021  Última atualização 11H27
Tricolores, sem Tiago Azulão em campo, “escorregam” na deslocação ao Estádio 4 de Janeiro © Fotografia por: Santos Pedro| Edições Novembro
Uma semana depois de ter desfeiteado a Baixa de Cassanje, sem apelo nem agravo, por cinco golos, a equipa do espanhol Toni Cosano ba-queou pela primeira vez e deixou fugir a oportunidade de distanciar-se, ainda mais, do Bravos do Maquis, que empatou frente ao Ferrovia do Huambo (0-0).

Apesar de a derrota não os afastar da liderança, os tricolores regressam do Uíge cabisbaixos e cientes de que podiam ter feito melhor, num jogo em que até foram os primeiros a marcar, logo aos 4 minutos, por intermédio de Job, de grande penalidade.
A verdade é que o golo sofrido veio acordar a equipa do Santa Rita, que parecia ter entrado para o jogo a dormir. Como prova disso, os católicos passaram a fustigar o último reduto dos tricolores, obrigando o guarda-redes Dominique a intervir muitas vezes nas jogadas. Com a bola a rondar insistentemente a área do Petro, acabou sendo, também, com naturalidade que o Santa Rita restabeleceu a igualdade, através de Gui, num remate forte e colocado.

A segunda parte trouxe duas equipas voltadas ao ataque. Fruto da postura ofensiva evidenciada na etapa inicial, os católicos sempre acreditaram que podiam criar alguma surpresa aos tricolores. Andava a bola a espreitar ambas as balizas, até que aos 53 minutos, Gui "bisa" na partida e coloca o Santa Rita à frente do marcador. O golo resultou de uma jogada de insistência, após defesa incompleta de Dominique.

Toni Cosano, no final do jogo, atribuiu a derrota ao facto de a equipa ter "relaxado um pouco", pelo que pagou caro."Deve servir de experiência. Temos de dar os parabéns ao adversário, e continuar o nosso caminho, porque ainda há muitos jogos", disse.
Na deslocação a Benguela, o Recreativo da Caála averbou derrota frente ao Wiliete e agudizou a crise de três jogos sem vencer. A equipa de David Dias revela estar em clara perda de confiança, agravada por evidente falta de soluções no ataque e na defesa.

Voltou a estar evidente a incapacidade de a equipa produzir jogadas com princípio, meio e fim, suficientes para criar calafrios aos defensores contrários. E como quem não marca, arrisca-se a sofrer, diz a velha máxima, foi isso que aconteceu aos 64 minutos. O tento solitário de Zau serviu de prémio ao excelente labor e espírito de luta evidenciado pelos benguelenses durante os 90 minutos.

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