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Petro de Luanda fica a um passo do título

O Petro de Luanda está a um passo da consagração no Campeonato Nacional sénior masculino de basquetebol, Unitel Basket, após derrotar, ontem, o Interclube, por 104-65, no Pavilhão do Kilamba, com favorável 58-32, ao intervalo, na segunda partida do play-off da final a melhor de cinco.

23/04/2021  Última atualização 10H45
Poste Aldemiro João “Wander” no momento que finalizava uma acção ofensiva da sua equipa © Fotografia por: Contreiras Pipa | Edições Novembro
Tal como se previa, os comandados do brasileiro José Neto impuseram uma pressão alta com defesa à zona e no ataque conseguiam materializar os diagramas ofensivos, ora por incursões individuais ora com lançamentos exteriores. Entretanto, Raúl Duarte, treinador do Inter respondeu com mexidas no cinco inicial. O extremo poste Alexandre Jungo entrou para fazer a diferença no jogo interior e Valdelício Joaquim "Wander” foi chamado para render Jone Pedro na posição cinco. A partida passou a ter outra dinâmica com paradas e respostas, mas prevaleceu o ligeiro ascendente dos  tricolores (27-23) até ao final do primeiro período. O segundo quarto ficou marcado por jogo incaracterístico com ataques improdutivos para ambas as formações.

Estavam decorridos cinco minutos, os tricolores tinham marcado oito pontos contra três dos polícias. Mais inconformado, coube ao técnico Duarte solicitar o desconto para refazer o xadrez.

 Ainda assim, os campeões nacionais mantiveram a consistência e não deram espaço de manobra aos contrários, que se mostraram apáticos e sem soluções defensivas para travar a avalanche "demolidora” do Petro que passeava classe a toda dimensão da quadra, para o desalento do técnico do conjunto do Rocha Pinto. Os dribles desconcertantes, jogadas com bloqueios e lançamentos à longa distância deixaram de existir ante a uma equipa completamente descaracterizada e sem argumentos para tentar encurtar a desvantagem, apesar das várias alterações. 

Do lado contrário, os tricolores estiveram demolidores fruto do desequilíbrio ofensivo que conseguiu criar, com penetrações para o cesto ou com lançamentos de três pontos, postura espelhada no resultado parcial (31-9), 58-32 no global, ao cabo do segundo quarto. Apesar da vantagem, Neto pediu aos jogadores para manterem a consistência e não foi diferente, parecia um cilindro sobre a terra batida ante a um Interclube incaracterístico, se comparado com a postura exibida nas partidas das meias-finais.

 Os polícias registaram um ligeiro ascendente, mas nada que perigasse a vantagem dos tricolores que voltaram a ser superiores, desta por 10 pontos (25-15), e continuou galvanizado rumo ao triunfo que pode ser determinante nas contas finais. Os atletas do conjunto afecto ao Ministério do Interior, pareciam ter atirado a toalha ao tapete, estiveram muito presos nos movimentos, davam espaços ao adversário que aproveitou cada brecha para dilatar a vantagem, numa exibição de gala com direito a espectáculo para gáudio  do adeptos presentes no pavilhão do Kilamba. 

A equipa tricolor entrou para o último quarto com vantagem expressiva, 83-47, numa altura em que José Neto já tinha utilizado todos os jogadores do banco de suplentes com o propósito de gerir o esforço físico tendo em vista o embate de amanhã, no Pavilhão Gimnodesportivo da Cidadela, que pode vir a ser o último da série, em caso de vitória, depois do segundo triunfo, por 104-65, em casa.  Raul Duarte reconheceu que o Inter voltou a estar aquém das expectativas para uma final, ao passo que José Neto diz que nada ainda está ganho.    

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