Quem perder diz "adeus” ao torneio. É a conhecida fase do "mata-mata”, em que não há margens para erros.
Se por um lado o jogo pode ser encarado pelo conjunto angolano como oportunidade para confirmar o estatuto de favorito à conquista do título da BAL, por outro, a partida pode ser encarada pelos marroquinos como ocasião soberana para vingarem-se da derrota averbada no último jogo da etapa preliminar da competição.

Seja como for, Petro e AS Salé têm argumentos suficientes (não restam dúvidas) para brindarem os adeptos rwandeses com um espectáculo de qualidade superior. Aliás, na quadra de jogos de Kigali estarão duas das melhores equipas da BAL.
O facto de o conjunto de Marrocos não ter digerido ainda a derrota sofrida na fase regular da prova ajuda a antever um jogo bastante disputado do princípio ao fim, onde, seguramente, sairá vitoriosa a formação que melhor concentrada estiver.

Os tricolores, cientes das dificuldades  que vão encontrar durante a partida, devem estar acautelados de uma eventual postura diferente do adversário ou superior àquela evidenciada no primeiro embate. Em face disso, espera-se por uma equipa do Petro a jogar ao mais alto nível, a pressionar e a ocupar bem os espaços, dominando a posse de bola e a iniciativa de lançamentos de longa e curta distâncias.


José Neto confiante

A confiança do Petro num desfecho positivo no jogo é espelhada nas declarações de  José Neto. O treinador garante que a equipa, além de estar bem preparada física, técnica e tacticamente, está confiante: "estamos conscientes da importância de jogar cada partida como a mais importante”.
Segundo ainda o timoneiro dos tricolores, apesar do optimismo nada garante ao Petro que tem maiores possibilidades de vencer e seguir em frente na competição.
A última preparação de ontem ajudou a corrigir erros e moldar a estratégia, tendo em vista a busca de um melhor resultado.

"A equipa está a evoluir colectivamente a cada partida. Superar dificuldades impostas pelos adversários, demonstrando uma grande maturidade”.
José Neto quer um conjunto a jogar bem no ataque e melhor ainda na defesa. Mas prioridade maior é sobretudo no plano ofensivo, pois defende o número da hierarquia técnica, devem ser criadas boas ocasiões pelos atletas para marcarem pontos.

Atenção especial será dada aos antagonistas  Stoglin e Rashad, muito fortes no ressalto ofensivo e nos níveis de eficácia. A equipa angolana espera precaver-se igualmente do jogo defensivo e contacto físico e com muitas variações tácticas.
O Petro pode jogar com o seguinte "cinco” inicial: Scott (base), Carlos Morais e Gerson Gonçalves (extremos-base), Jone Pedro e Valdelício Joaquim (postes).