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Petro sofre para vencer em final de jogo dramático

Juscelino da Silva| Kigali

Vitória sofrida. Assim se resume a história do triunfo do Petro de Luanda, ontem, sobre o FAP dos Camarões pela margem mínima (64-66), em desafio referente à segunda jornada do grupo B da I edição da Basketball Africa League (BAL).

21/05/2021  Última atualização 10H30
Base Antwan Scott foi determinante com 23 pontos na vitória apertada da equipa do Eixo-Viário © Fotografia por: DR
O representante angolano experimentou a primeira grande dificuldade da competição. Diante de um adversário que veio com a lição muito bem estudada, aliás - não fosse o seu treinador ser um ilustre conhecido - os tricolores tiveram de "suar às estopinhas” para carimbar o "passaporte da viagem” para os quartos-de-final.
Muito bem liderados pelo base norte-americano Antwan Scott, os angolanos começaram a partida de forma apática, cometendo inúmeros erros defensivos e revelando ansiedade. Em largos períodos do jogo, era visível o nervosismo da formação do Eixo-Viário, por isso, incapaz de liderar o marcador no primeiro quarto, ao perder por 21-20.

No segundo período, o técnico José Neto mudou o "cinco” e mandou para a quadra os bases Gerson Domingos e Antwan Scott. O base angolano abriu as hostilidades do segundo quarto com um triplo, colocando a equipa angolana, pela primeira vez, na frente do marcador.
Após as alterações, a equipa angolana passou a defender melhor e a circular  bem a bola. Nesta altura, os bases Gerson Domingos e Antwan Scott comandavam o jogo ofensivo, de tal sorte que saiu ao intervalo maior a vencer, por 32-42.

À entrada do terceiro quarto, os petrolíferos contaram com o apoio do público da casa para começar a caminhada rumo aos quartos-de-final.
A equipa manteve a concentração, passou a dominar a partida, com dois triplos de Olímpio Cipriano, bem acompanhado por Jone Pedro. E foi com naturalidade que o Petro voltou a vencer o terceiro quarto, desta feita por 47-56.

A equipa de Lazare Adingono decidiu vender cara a derrota no último quarto. Quase passou à frente do marcador. Os camaroneses pressionaram de forma alta o último reduto dos angolanos e, fruto desta pressão, o FAP aproximou-se do resultado. Quando faltavam 4 minutos para terminar a partida, o marcador registava uma diferença de apenas um ponto (61-62), a favor do Petro.
Nos instantes finais, Lazare Adingono solicitou um desconto de tempo para afinar as estratégias. O plano urdido surtiu efeito, embora os tricolores estivessem dominados pelo nervosismo, com os erros a surgirem repetidas vezes, sendo o poste Valdelício Joaquim a imagem clara deste desacerto. Com isso, ficava agastado o técnico José Neto, também ele a sofrer no banco.

A vinte e cinco segundos do fim da partida, o Petro vencia por 64-66. Apesar da magra diferença no resultado, o  FAP não soube aproveitar os erros do campeão angolano, para passar à frente do marcador.
Os últimos segundos do jogo foram dramáticos. Houve quem ficou com o "coração nas mãos”. Quando os tricolores circulavam a bola, o base Childe Dundão fez passos e deu posse de bola ao FAP. Adingono solicitou um desconto de tempo. A intenção era empatar a partida e forçar o prolongamento, mas a sorte estava do lado da equipa angolana, que acabou por vencer a partida, por 64-66, garantindo desta forma o acesso directo aos quartos-de-final.


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