Economia

PLANAGEO investe 259,4 milhões de dólares

Um total de 259, 4 milhões de dólares norte-americanos foi aplicado, até agora, para a implementação do Plano Nacional de Geologia (PLANAGEO).

26/02/2021  Última atualização 13H11
Instituto Geológico de Angola (IGEO) © Fotografia por: DR
Com um investimento global de 405 milhões de dólares, o projecto do Governo está com uma execução financeira na ordem dos 64 por cento e física de 66,1.

Ao apresentar as acções desenvolvidas nos últimos seis anos, o presidente do Conselho de Administração do Instituto Geológico de Angola (IGEO), Canga Xiaquivuila, disse que a construção e apetrechamento das infra-estrutura geológica tem uma execução física de 99 por cento.
Em Abril será inaugurado o centro tecnológico de rochas ornamentais de Angola, no Lubango (Huíla), e em Julho o Laboratório de micro-diamantes em Saurimo (Lunda-Sul), depois de estar já a funcionar o laboratório central de Luanda.

Balanço

Para a operacionalização e execução do PLANAGEO, o território nacional foi dividido em três zonas de trabalho, sendo a Zona 1, que abrange a região Norte, Zona 2 (Leste) e a Zona 3 (Sul).
Até agora, os estudos de levantamento geológico na zona Norte, desenvolvidos pela empresa CITIC-Estudos têm um grau de execução física de 40 por cento. Para a zona Sul, os estudos que estão a cargo da empresa UTE, têm um grau de execução de 67 por cento e os da zona Leste estão suspensos, numa altura em que decorrem trabalhos para o reinício, ainda este ano, dos estudos de levantamento geológico.

Dados apresentados apontam que o laboratório central de Luanda recebeu, no âmbito do PLANAGEO, um total 9.448 amostras, das quais 9.366 provenientes do levantamento geoquímico e geológico, realizado na região Norte e 82 da região Sul.
Para a validação dos resultados das amostras obtidas, o PLANAGEO conta com a parceria do Laboratório Nacional de Energia e Geologia de Portugal, bem como a Rosgeo, da Rússia.


Processamento de mapas de aero-geofísica

O processamento de mapas de aero-geofísica (Mag/rad) aconteceu à escala regional, em todo o território nacional e respectivo inventário dos alvos para a realização de actividades de investigação geológica-mineira de detalhe. Destacam-se também os dados  do levantamento de sísmica passiva, realizado na província do Cunene, com detalhes sobre o comportamento das rochas do complexo de base que causa o transporte das águas subterrâneas em direcção à Namíbia.  Do levantamento e trabalho desenvolvido na região Sul, foi possível detectar a ocorrência de cobre e kimberlito, no Cuando Cubango.

Ainda na região Sul, detectou-se potencialidades para a exploração de rochas para o sector da construção civil.
Fruto da qualidade de informação existente, algumas multinacionais mineiras já têm os contratos celebrados e estão a investir nas zonas já escolhidas. Uma empresa mineradora assinou um contrato "green field”, numa das áreas com potencialidades para metais básicos e minerais do grupo da platina. Neste particular o PCA do IGEO destacou a empresa Anglo-América, Rio Tinto e Vedanta.
A empresa De Beers, também quer voltar no mercado nacional, investindo no sector de exploração de diamante.

Sobre a formação da mão-de-obra, até agora, o PLANAGEO empregou cerca de 100 cientistas, dos quais 21 geocientístas para desenvolverem acções no laboratório central em Luanda (zona Norte). O PLANAGEO é um projecto estruturante, aprovado pela resolução 85/09 de 24 de Setembro.  Foi concebido como um programa para melhorar o conhecimento da geologia e do potencial dos recursos minerais do território nacional de forma a permitir o fomento e a implementação de políticas conducentes a diversificação da actividade mineira em Angola, através do fornecimento de informação geológica, fiável aos investidores.

 O plano prevê relançar, dinamizar e aumentar a contribuição fiscal do subsector dos recursos minerais ao nível do país. Consta ainda dos objectivos do PLANAGEO, melhorar o conhecimento da geologia e do potencial dos recursos minerais do território nacional, além de reestruturar, capacitar e apetrechar o Instituto Geológico de Angola (IGEO), para assegurar o desenvolvimento sustentável do país.

Comentários

Seja o primeiro a comentar esta notícia!

Comente

Faça login para introduzir o seu comentário.

Login

Economia