Política

Presidente da RCA envia ministra para consultas

César Esteves

Jornalista

O Chefe de Estado angolano, João Lourenço, recebeu ontem, em audiência, a ministra da Defesa e da Reconstrução do Exército da República Centro-Africana, Marie Noelle Koyara, que foi portadora de uma mensagem do Presidente Faustin-Archange Touadéra.

16/01/2021  Última atualização 12H15
Presidente João Lourenço recebeu a mensagem das mãos da ministra da Defesa da RCA © Fotografia por: Dombele Bernardo | Edições Novembro
Ao falar à imprensa, no final da audiência, Marie Noelle Koyara disse desconhecer o conteúdo da mensagem, mas garantiu que, "num momento oportuno”, o resultado da sua vinda a Angola será conhecido.   
Angola, na pessoa do Presidente João Lourenço, detém, desde 2020, por dois anos, a presidência da Conferência Internacional sobre a Região dos Grandes Lagos, da qual a República Centro-Africana (RCA) é membro.Em reacção a onda de contestação dos resultados das eleições presidenciais e legislativas, realizadas no seu país a 27 de Dezembro, pela oposição, por, alegadamente, terem sido fraudulentas, a enviada especial de Touadéra disse que "não se pode falar em eleições contestadas, porque a população aderiu em massa e as mesmas representam a vitória do povo centro-africano”.

O envio da carta de Touadéra a João Lourenço ocorreu numa altura em que a RCA apresenta alguns focos de instabilidade, muito acentuado, sobretudo, depois da realização das eleições. Há dias, rebeldes que lideram uma ofensiva contra o Governo de Faustin Archange Touaderá realizaram dois ataques simultâneos próximo da capital, Bangui, de que resultaram a morte de um soldado da paz rwandês e um ferido, segundo a Reuters.

O Secretário-Geral da Organização das Nações Unidas, António Guterres, condenou os ataques e apelou às autoridades para assegurarem que os responsáveis sejam levados à Justiça.Sobre estes ataques, a ministra da Defesa e da Reconstrução do Exército da RCA disse que o objectivo dos rebeldes era impedir as eleições. "Mas, apesar dos actos ocorridos recentemente na capital, nós continuamos e afirmamos, mais uma vez, que o Governo está pronto e decidido a contrapor todas essas hostilidades e ataques à capital Bangui”.

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