Sociedade

Produção de sabão artesanal abrange mais de 10 mil escolas no país

Dez mil e 654 escolas do ensino primário no país vão beneficiar, no presente ano lectivo, de sabão artesanal para melhorar a limpeza e higiene, no âmbito das acções de combate à Covid-19.

23/01/2021  Última atualização 15H55
© Fotografia por: Nilo Mateus | Ndalatando | Edições Novembro
Inserido no plano de emergência do sector da Educação, para prevenir e combater o novo coronavírus, o projecto financiado pelo Banco Mundial visa a produção de 345 mil barras de sabão, por mês, em 168 centros no país.
A informação foi avançada quarta-feira, à imprensa, em Ndalatando pela formadora nacional do Ministério da Educação, durante a abertura do Curso de Formadores de Produção de Sabão Artesanal no Cuanza-Norte.Segundo Juliana Matilde, para a sustentabilidade do projecto, numa primeira fase, o Ministério da Educação está a capacitar, em todo o país, 628 trabalhadores, 128 formadores provinciais, gestores escolares e professores, para trabalharem nos centros de produção de sabão.

Sem revelar o valor global do financiamento, Juliana Matilde informou que, a acção inserida no Projecto Aprendizagem para Todos (PAT), permitirá a constituição em cada município do país de uma unidade de produção de sabão que, numa fase inicial, produzirá cada 300 barras de sabão por semana.O projecto tem como objectivo garantir um ambiente saudável para o reinício das aulas do ensino primário, previstas para o mês de Fevereiro, a garantia da intensidade e frequência das actividades de limpeza e desinfecção das escolas, alunos, professores e outros funcionários, bem como melhorar as práticas de higiene.

O director do Gabinete Provincial da Educação no Cuanza-Norte, Manuel Lourenço, precisou que foram disponibilizados para a província 12 milhões de kwanzas para produção de sabão, que serão igualmente utilizados para a compra de soda cáustica ou hidróxido de sódio, corantes, óleo vegetal ou de palma (usado ou selado) e outros produtos.Manuel Lourenço precisou que a iniciativa vai contribuir para desafogar a situação económica de muitas escolas que praticamente não possuíam condições para o asseguramento das normas de biossegurança, no reinício das aulas no ensino primário.

A vice-governadora para o Sector Político, Social e Económico do Cuanza- Norte, Leonor Ferreira de Lima e Cruz, que procedeu a cerimónia de abertura, considerou que a concretização do projecto contribuirá para o reforço do sentimento de segurança dos encarregados de educação e garantir um ambiente seguro e saudável para o retorno das aulas no ensino primário.Considerou a iniciativa fundamental para mitigar a carência de sabão nas unidades escolares, elemento essencial para a lavagem das mãos e para evitar o contágio da Covid-19 e outras enfermidades.

Por outro lado, Leonor Ferreira de Lima e Cruz apelou aos directores de escolas a explorarem no máximo esta oportunidade, no sentido de se aproveitar da melhor forma o que antes era considerado de lixo orgânico nas comunidades para a confecção de quantidades suficientes do detergente.Participaram na formação 40 formandos dos 10 municípios da província.Estão matriculados no presente ano lectivo na região 171 mil e 554 alunos do ensino primário a 12ª classe, dos quais, 101.845 são do ensino primário, orientados por 4.917 professores.

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