Sociedade

Profanadores de túmulo já a contas com a Justiça

Bernardo Capita

Dois cidadãos nacionais foram detidos, sábado, no município de Belize, por terem desenterrado um cadáver no cemitério Perpétuo Socorro, arredores da cidade de Cabinda, com o objectivo de comercializarem as ossadas em Ponta Negra, República Democrática do Congo.

24/05/2021  Última atualização 10H26
Detidos confessaram que as ossadas seriam vendidas na RDC © Fotografia por: José Soares | Edições Novembro | Cabinda
Segundo a Polícia Nacional, os referidos cidadãos (Fabrício Fiqui Bufuico, de 27 anos, residente no bairro Povo Grande, e Alberto Nguala, de 20 anos, morador no bairro Lubendo, em Cabinda), no passado dia 17, por volta das 21 horas, dirigiram-se ao cemitério Perpétuo Socorro, sito na localidade de Nsinda (Povo Grande) e profanaram o túmulo de Eulália B. Mbungo, nascida a 4 de Janeiro de 1982 e falecida a 8 de Março de 2021, de onde retiraram os ossos da malograda, levando-os dentro de um saco de 50 quilogramas até a aldeia de Maluango Zau, região do Alto Sundi (Belize).

Fabrício Bufuico disse à nossa reportagem, durante o acto de reconstituição do crime, que desenterraram o cadáver com o objectivo de tentar ascender na vida.  O comprador (quimbandeiro), acrescentou, estabelece como critério para a compra das ossadas um cadáver totalmente decomposto.

Alberto Nguala confessou ter cometido o crime e mostrou-se arrependido.
O comandante da Polícia Nacional no Belize, superintendente David Luís Boma, deplorou a atitude dos dois cidadãos e apela à juventude no sentido de evitar actos do género.
O coordenador do bairro Povo Grande e zelador do cemitério Perpétuo Socorro defende a vedação do cemitério para se evitar a profanação de túmulos.

Comentários

Seja o primeiro a comentar esta notícia!

Comente

Faça login para introduzir o seu comentário.

Login

Sociedade