Sociedade

Profissional de saúde recebe a primeira vacina em Angola

Amélia do Amaral Gourgel, de 71 anos, uma profissional de saúde reformada, tornou-se, ontem, a primeira angolana a ser vacinada contra a Covid-19 em Angola.

03/03/2021  Última atualização 06H20
Reformada Amélia do Amaral Gourgel © Fotografia por: Agostinho Narciso | Edições Novembro
O facto aconteceu ontem, em Luanda, poucas horas depois de o país ter recebido o primeiro lote de 624 mil doses de vacinas contra a Covid-19  AstraZeneca, produzidas na Índia, no âmbito da iniciativa Covax, tornando-se, assim,  no primeiro Estado dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e no terceiro país africano a receber as vacinas AstraZeneca, depois do Ghana e da Côte d’Ivoire.

A anciã e outros técnicos da Saúde foram vacinados após a inauguração do Depósito Central de Vacinas, instalado no bairro Palanca, município do Kilamba Kiaxi, em Luanda. O médico Bravo da Rosa, da linha de frente no combate à Covid-19, disse estar feliz por fazer parte do primeiro grupo a ser vacinado em Angola. Afirmou que vai continuar na luta, tratando com dedicação e profissionalismo todas as pessoas. 

A ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, que falava à imprensa após a recepção do primeiro lote de imunizantes, disse que o Plano de Vacinação prevê, numa primeira fase, profissionais da Saúde, doentes com comorbilidades, professores, idosos, efectivos dos Órgãos de Defesa e Segurança e outros que estão expostos constantemente ao risco de contágio.
A ministra esclareceu que as duas doses da vacina AstraZeneca vão ser administradas num período de oito semanas. As 624 mil doses disponibilizadas pela Covax fazem  parte de um lote de mais de dois milhões de doses que devem chegar ao país até finais de Maio. 

Sílvia Lutucuta informou que até finais de Junho deste  ano, o país vai imunizar 6,4 milhões de habitantes com  a vacina AstraZeneca, o que corresponde a 20 por cento do Plano de Vacinação da Covax.  De acordo com a ministra da Saúde, a primeira fase de vacinação vai contemplar as províncias de Luanda, Benguela e Cabinda, por serem as regiões com maior número de casos positivos activos. 

O Governo angolano, referiu Sílvia Lutucuta, aderiu à iniciativa Covax em Julho do ano passado. Apesar da pressão internacional na procura de imunizantes contra a Covid-19, frisou, Angola tem iniciativas próprias para a aquisição de outras vacinas para inocular a população.   
A vacina AstraZeneca foi desenvolvida de forma conjunta entre a Universidade Oxford e a Farmacêutica AstraZeneca e está autorizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Agência Europeia de Medicamentos. 

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