Sociedade

Projecto “Kwenda” chega ao município dos Gambos

Arão Martins | Cuvango

Jornalista

Milhares de famílias do município dos Gambos, na província da Huíla, começam, a partir do próximo mês, a ser cadastradas para beneficiar do projecto “Kwenda”, deu a conhecer, ontem, na localidade da Taka, a vice-governadora para o sector Político Social e Económico.

04/05/2021  Última atualização 09H00
População será cadastrada para, posteriormente, beneficiar de bens alimentar © Fotografia por: Arão Martins| Edições Novembro
Maria João Chipalavela, que falava à imprensa, à margem da entrega de bens alimentares à população afectada pela seca, disse que Gambos é o terceiro município que vai beneficiar do projecto "Kwenda”, depois da Cacula e Quilengues. Informou que o processo de cadastramento visa dar capacidade financeira e produtiva às famílias. Sublinhou que o Kwenda não é apenas um processo de atribuição de dinheiro, mas também da acção de inclusão produtiva e de cadastramento das comunidades. 

A tarefa do cadastramento incorpora, também, um trabalho de protecção social que deverá ser continuado pelos municípios e pela figura dos agentes de desenvolvimento comunitários (ADECOS). A vice-governadora não revelou o número de famílias a serem abrangidas pelo Kwenda, mas esclareceu que o cadastramento será feito pelo Fundo de Apoio Social (FAS) e que  só no final se saberá quantas famílias foram abrangidas.Entretanto, Maria João Chipalavela enalteceu a doação de alimentos feito pelo Grupo Técnico Empresarial, através da Cooperativa dos Criadores de Gado do Sul de Angola (CCGSA) e o Governo, e disse que a acção é uma responsabilidade que o Governo assumiu para acudir à população afectada pela seca no sul de Angola. 

A província da Huíla recebeu quantidades elevadas de milho e massango, que foram  entregues pela ministra de Estado da Acção Social, Carolina Cerqueira, outra parte pelos empresários, e distribuídos à população da Taka, no município dos Gambos.A governante garantiu continuar com as acções do género em outras povoações do município dos Gambos e dar sequência aos projectos de resiliência, face às alterações climáticas. Neste momento, trabalha também para o aumento de furos e pontos de água, e no processo de comercialização. "Há comunidades que estão interessadas em comercializar o gado e o processo deve ser feito sem prejuízo das partes (vendedor e comprador)”. Referiu que há comunidades que têm escolas de campo e querem introduzir a produção de produtos resistentes à seca. A vice-governadora da Huíla disse que a direcção provincial da Educação e Saúde estão a fazer um trabalho que visa a identificação de possíveis casos de desnutrição nas comunidades.

 Maria João Chipalavela  reconheceu que o assunto das alterações climáticas é antigo, recordando que há muito o Governo gizou  uma política no quadro de resistência à seca. Além destes programas, existem outros, como de estimular os furos de água,  acompanhar as alterações agro-cli-máticas (plataforma lançada há pouco tempo). Há ainda a preocupação de se criar mecanismo de resiliência de saber viver em situação de seca e de muita chuva.  

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