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Província do Cuando Cubango necessita de mais 50 escolas e 1.500 professores

Lourenço Bule | Menongue

Jornalista

A província do Cuando Cubango necessita de mais 50 escolas e 1.500 professores, para acolher pouco mais de 30 mil crianças que se encontram fora do sistema de ensino e aprendizagem.

01/03/2021  Última atualização 18H01
Milhares de crianças estão fora do sistema de ensino © Fotografia por: DR
Em declarações ao Jornal de Angola, o director do Gabinete Provincial da Educação, Ciência e Tecnologia, Miguel Kanhime, disse que a instituição está a trabalhar para diminuir o número de crianças fora do sistema normal de ensino, turmas improvisadas e alunos que estudam debaixo de árvores e ao ar livre.
Realçou que, além do recrutamento de professores e construção de mais 50 escolas, será necessário agrupar todas as salas de aulas descontínuas e escolas com menos de seis turmas.

"Urge também a necessidade de reagruparmos as aldeias que se encontram distante das instituições de ensino, para se acabar com as salas de aula abandonadas por falta de alunos, principalmente no interior da província”, defendeu.
De acordo com o responsável, depois do processo de agrupamento das escolas com menos de seis salas de aula, a província passará de 274 instituições de ensino para menos de 200.
O Cuando Cubango conta com 274 escolas, 1.795 salas de aulas, cerca de seis mil professores do ensino primário, I e II ciclos.

No presente ano lectivo foram matriculados 149.333 alunos em todos os subsistemas de ensino, dos quais 120 mil no ensino primário, 19 mil no I ciclo e dez mil no II ciclo.
Miguel Kanhime fez saber ainda que, desde 2014, foram alfabetizados na província mais de 100 mil cidadãos, dos quais 88 mil no quadro do programa "Sim eu Posso” e 20 mil do "Gostar de Ler e Escrever”.
 Referiu que o processo de alfabetização na província do Cuando Cubango era assegurado por 421 alfabetizadores, dos quais 161 desistiram por falta de pagamento dos subsídios mensais.

 Explicou que o processo de alfabetização conta com a parceria de várias igrejas. Acrescentou que, de acordo com o recenseamento geral da população e habitação de 2014, cerca de 40 por cento da população da província é analfabeta.
 Disse que a província contava, antes da independência, com menos de 20 escolas do ensino primário e primeiro ciclo, de apenas duas e três salas de aula, e a partir 1.980 muitas começaram a ser ampliadas.

O sistema de ensino era assegurado por 500 professores com habilitações literárias até a oitava classe e agora  o sector conta com cerca de seis mil docentes, com formação académica até ao mestrado.

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