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Quase 10 milhões de crianças afegãs precisam de ajuda

Quase 10 milhões de crianças afegãs e cerca de oito milhões de adultos precisam de ajuda urgente para sobreviver após décadas de guerra, agravadas pela pandemia e pobreza endémica, denunciou organização Save the Children.

26/01/2021  Última atualização 09H01
Sobrevivência crianças Afegâs © Fotografia por: DR
"Milhões de pessoas sofrem diariamente com a pobreza e a guerra. É especialmente difícil para as crianças, muitas delas não conhecem nada, além da violência”, disse o director da Save the Children no Afeganistão, Christopher Nyamandi, em comunicado, no qual pede apoio internacional para lidar com a crise.

De acordo com os últimos dados fornecidos pela Missão da ONU no Afeganistão (UNAMA), quase 6.000 pessoas, 2.000 delas crianças, morreram ou ficaram feridas nos primeiros nove meses de 2020 neste país asiático.
Segundo a Save the Children, o conflito continua a causar "danos físicos e psicológicos” extremos no país, com centenas de milhares de pessoas forçadas a fugir das suas casas, ficando longe de serviços essenciais, como hospitais ou clínicas, e sem apoio humanitário.
Face à situação, a organização não-governamental (ONG) pediu uma ajuda urgente de cerca de 2,5 mil milhões de euros para responder, este ano, às "crescentes necessidades humanitárias” do país.

"A ajuda ao Afeganistão diminuiu de forma alarmante, num momento em que a necessidade humanitária está a crescer. Estamos numa posição insustentável, onde a ajuda é muito menor do que a necessária para atender às necessidades das pessoas”, alertou Nyamandi, que criticou os fundos insuficientes prometidos pela comunidade internacional, na última ci-meira, em Genebra.
Por outro lado, a pandemia de Covid-19 - que provocou 54.062 infecções e 2.343 mortes no Afeganistão, de acordo com a contabilização da Universidade Johns Hopkins - está a ter um impacto desastroso em milhões de famílias vulneráveis do país.

De acordo com estimativas do Banco Mundial, a crise do coronavírus interrompeu drasticamente as importações, incluindo bens domésticos vitais, o que fez disparar a inflação, que, somada às "tensões económicas e de saúde adicionais, provocadas pela pandemia, vai aprofundar o impacto humanitário em todo o país”.
"Milhões de pessoas sofrem todos os dias por causa do conflito, da pobreza e agora também da pandemia de Covid-19. É uma situação desesperante, que requer a atenção urgente da comunidade internacional”, sublinhou Nyamandi.

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