Política

Reformas respeitam a realidade social do país

Venâncio Víctor e Eduardo Cunha|Malanje

Jornalista

O primeiro secretário do MPLA em Malanje, Norberto dos Santos "Kwata Kanawa", garantiu, este domingo, que o partido vai continuar a implementar as reformas necessárias de acordo com a realidade social, económica e política do país.

07/02/2021  Última atualização 20H02
Norberto dos Santos “Kwata Kanawa” apresentou a agenda política do partido no poder para o ano de 2021 © Fotografia por: Edições Novembro
Falando durante o acto de apresentação da agenda política do MPLA para o ano de 2021, Norberto dos Santos "Kwata Kanawa" frisou que as reformas do Estado de acordo com a realidade do país evita copiar modelos de governação de outros países em vias de desenvolvimento. 

O primeiro secretário do MPLA em Malanje acusou a oposição de estar a criar uma agenda política que visa desestabilizar o  país. "Tudo aquilo que se assiste no país nos últimos tempos é coisa orientada com o intuito de desacreditar as instituições do Estado e lançarem a confusão", disse, sublinhando que é necessário  que as instituições sejam mais fortes para poder garantir a segurança dos meios e dos próprios cidadãos.

O político disse que após a realização do congresso do MPLA vai haver mais renovação do que continuidade, no sentido de dar oportunidade aos jovens, e que o ano de 2021 vai servir para consolidar as bases do partido, reforçando o contacto com a população e as estruturas de base.

Mobilização de militantes
 O Comité Provincial do MPLA no Uíge vai intensificar as acções de mobilização de novos militantes nos próximos tempos, garantiu o primeiro secretário provincial do partido, José Carvalho da Rocha, durante a cerimónia de lançamento da agenda política do MPLA para 2021.

O político disse que o MPLA vai trabalhar também no fortalecimento da democracia interna, dinamização da formação política dos quadros, melhorar a comunicação institucional e preparar os militantes para a divulgação e defesa dos seus ideais.

José Carvalho da Rocha assegurou que vão às ruas para aumentar a interacção com a população e que a estratégia do MPLA vai permitir uma participação exitosa do partido nas eleições gerais e autárquicas. O primeiro secretário do MPLA no Uíge disse que a agenda política do partido vai ser a bússola da acção política e governativa, com vista a materialização das acções conducentes à melhoria das condições da população e no sucesso do partido.

O político sublinhou que a agenda política do MPLA para este ano assenta em oito eixos estratégicos que consistem na consolidação da paz, unidade e harmonização nacional, organização e realização do VIII Congresso Ordinário, a ser realizado no mês de Dezembro, e VII Congresso Ordinário da OMA, a decorrer em Março, a intensificação das acções de combate à corrupção, à impunidade, e o nepotismo, com vista à moralização da sociedade.

O documento orientador da acção política do MPLA destaca também a promoção de acções estruturantes no âmbito da reforma do Estado, aprofundar e apoiar o relançamento do sector produtivo, a diversificação da economia e a estabilização macroeconómica do país, promover o aumento do emprego para os jovens e a sua capacitação profissional e académica.

  MPLA manifesta "profundo pesar” pela morte de Dudu Magalhães

O MPLA lamentou, ontem, a morte do coronel na reforma Dudu Magalhães, 73 anos, ocorrida no dia 2 de Fevereiro, em Luanda, por doença. Numa nota de condolências, o Secretariado do Bureau Político do Comité Central do MPLA refere que foi com "profundo sentimento de pesar”, que tomou conhecimento do falecimento de Dudu Magalhães.

Natural do Soyo, província do Zaire, Dudu Magalhães ingressou no MPLA em 1962, na localidade de Leopoldville, República Democrática do Congo, para onde se refugiaram os seus progenitores no contexto da repressão colonial portuguesa, decorrente do processo da Luta Armada de Libertação Nacional. Com preparação militar feita em Moscovo, na Rússia, onde estudou prospecção e reconhecimento geológico, Dudu Magalhães integrou, em 1968, a 3a Região Político-Militar e participou activamente em várias acções do MPLA na Frente Leste. A partir do 25 de Abril de 1974, acompanhou a entrada de todas as estruturas do MPLA para as províncias do Moxico, Bié, Huambo e Benguela.

Dudu Magalhães desempenhou também os cargos de Inspector na Direcção Nacional de Logística Militar e Delegado do Ministério de Geologia e Minas nas províncias do Bengo, Luanda e Cuanza-Sul. "Pelo infausto acontecimento, o Secretariado do Bureau Político do Comité Central do MPLA, em nome dos militantes, simpatizantes e amigos do Partido, inclina-se perante a memória de Dudu Magalhães e apresenta à família sentidas condolências”, conclui a nota de condolências.

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