Economia

Revisão do projecto corta custos e viabiliza as obras

Alterações ao projecto inicial da construção da Refinaria do Lobito baixaram o que o ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás considerou, sexta-feira, naquela cidade, serem os “custos elevadíssimos” da empreitada, num desenvolvimento que viabiliza a entrada na fase de selecção dos parceiros que vão edificar a unidade.

09/05/2021  Última atualização 09H15
Ministro (ao centro) manifesta optimismo em relação ao arranque das obras na Refinaria do Lobito © Fotografia por: Sampaio Júnior | Edições Novembro | Lobito
Diamantino Azevedo, que se deslocou a Benguela para constatar a evolução de projectos da alçada do pelouro que dirige, declarou que o orçamento inicial tinha custos muito elevados e a tecnologia que seria instalada estava desajustada para o momento de refinação que se pretende no país.

"Cumprida essa primeira fase de ajustes necessários no escopo do projecto da refinaria, o passo seguinte é encontrar os parceiros para construir” a unidade de refinação de petróleo, afirmou o ministro, manifestando-se optimista quanto ao início das obras da Refinaria do Lobito.

O presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Sebastião Gaspar Martins, revelou, citado pela Angop, o envolvimento da empresa norte-americana KRB na actualização dos trabalhos de base de engenharia na Refinaria do Lobito, para dar andamento ao projecto.

 Sebastião Gaspar Martins reforçou as declarações do ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, afirmando que, após esta fase, a petrolífera angolana vai "procurar parceiros para avançar para a fase de construção, o mais rápido possível”.

"Com a avaliação preliminar dos aspectos económicos, estamos em condições de preparar o projecto e ver como efectivá-lo através da procura de parceiros, para a Sonangol poder dar continuidade”, disse o presidente do Conselho de Administração.

Os trabalhos de impacto da Refinaria estão parados desde 2015, altura em que foi feita, entre outras actividades, a terraplanagem, estradas asfaltadas de acesso e outras infra-estruturas, pela empresa brasileira Odebrecht.
O líder da Sonangol notou que a entrada em funcionamento da refinaria vai aliviar, em grande medida, a importação de 80 por cento dos derivados do petróleo que ainda caracteriza a logística do sector no país.
A refinaria, onde esteve o governador de Benguela, Luís Nunes, levado pelo ministro dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, tem uma área de 150 hectares e está localizada a oito quilómetros a Norte do Lobito, estando concebida para processar 200 mil barris de petróleo por dia.
 
Sonamet e minérios

Na Sonamet, uma unidade de construção de linhas de fluxo submarino e umbilicais instalada no Lobito, provendo 600 postos de trabalho, o ministro  tomou contacto com o projecto da Chevron "Sanha Lean Gas Compressor” para fabricar equipamento preponderante para as operações.

O ministro referiu que a visita visou inteirar-se dos projectos que estão a ser desenvolvidos no âmbito da actividade petrolífera e também dos recursos minerais, bem como apresentar ao governo de Benguela os projectos em curso a nível da prospecção.

Segundo Diamantino Azevedo, existem perspectivas de exploração de minerais na província de Benguela, com o que se prevê maior inserção de jovens no mercado de trabalho e a criação de condições para o crescimento económico e social da província.
*Com a Angop

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