Economia

Saneamento financeiro viabiliza privatizações

Cristóvão Neto

Jornalista

A alienação de 33 por cento do capital da Sonangol por dispersão bolsista, decidido em 2019 no quadro do institucional Programa de Privatizações (Propriv), só avança com um saneamento das contas da companhia, revelou o presidente do Conselho de Administração.

22/01/2021  Última atualização 12H50
Petrolífera revela redução da participação na parceria com a Total © Fotografia por: DR
Sebastião Gaspar Martins, que falava, quarta-feira, no "Matabicho com a Media”, um programa de provisão de informações da liderança do sector institucional dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás aos representantes da Comunicação Social, afirmou que o saneamento das contas tem o potencial de elevar o valor de mercado da companhia durante o processo de alienação.

O líder da Sonangol replicava, dessa forma, uma revelação feita antes pelo presidente do Conselho de Administração da Endiama, Ganga Júnior, que afirmou que, para a privatização da diamantífera estatal, é requerido um histórico de dois anos de contas aprovadas sem reservas, algo que pode começar a acontecer em 2021 e estabelece 2023 como o ano da privatização.Os dois concordaram em que, contas reflectidas com transparência, com a evolução dos fluxos financeiros, ganhos e outra informação relevante bem delineada, tendem a atrair mais facilmente o apetite dos investidores.O presidente do Conselho de Administração da Sonangol revelou que a companhia adiciona a participação na joint-venture com a Total para a distribuição entre os 56 activos que privatiza no quadro do Propriv.

De acordo com Sebastião Gaspar Martins, a aliança com a Total na distribuição retalhista de combustíveis está a ser bem sucedida, mercê do "expertise” dos franceses que, considerou, são "um dos mais eficientes operadores de distribuição em África”.A associação envolve a implantação de 45 postos de abastecimento de óleos e combustíveis comercializados sob a marca Total, com investimentos avaliados em 45 milhões de dólares.A Endiama, de acordo com informações obtidas no encontro, passa o Hotel Diamante, situado no Dundo, província da Lunda-Norte, para a gestão do Clube Desportivo Sagrada Esperança. 

Além do Hotel Diamante na Lunda-Norte, a Endiama tem uma outra unidade hoteleira com o mesmo nome em Luanda, de quatro estrelas, onde detém uma participação de 51 por cento. A unidade, com 174 quartos, vai ser privatizada ainda este ano, para o que já foi publicado um anúncio em 2019, lembrou Ganga Júnior, apontando, entretanto, algumas questões operacionais por se tratar.

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