Sociedade

Saúde defende melhoria de diagnósticos para redução de tratamento no exterior

Edna Mussalo

Jornalista

A Ordem dos Biomédicos Clínico-Laboratoriais de Angola (OBCLA) tem a obrigação de regular o exercício da actividade no país para que, num futuro, haja uma redução de cidadãos que viajam para exterior em busca de um diagnóstico credível, defendeu o secretário de Estado para área Hospitalar.

16/04/2021  Última atualização 12H10
© Fotografia por: DR
Leonardo Inocêncio, que falava em alusão ao Dia Internacional das Ciências Biomédicas Laboratoriais, assinalado ontem, realçou que os profissionais da referida classe têm um importante papel, por estarem munidos de ferramentas para o rastreio, diagnóstico precoce e confirmação de doenças.
Ao reconhecer o papel dos especialistas em biomedicina nas unidades hospitalares do país, lembrou que a classe é parceira do Estado por fazer parte da execução das políticas do sector da Saúde no país."A prescrição de medicamentos para uma dada doença começa sempre com um diagnóstico clínico, em que o biomédico clínico laboratorial é um parceiro privilegiado do médico na determinação cabal do agente causador da doença”, disse.

O secretário de Estado pediu à classe maior colaboração sobretudo na altura da definição de políticas da Saúde, pesquisa científica, reforma do sector e nos programas de ensino das ciências biomédicas.O bastonário da Ordem dos Biomédicos, Joaquim Levita, disse que a celebração visa promover, reconhecer e divulgar a importância das ciências biomédicas laboratoriais na medicina moderna e no Sistema de Saúde, em particular, e na Sociedade, em geral.

A Ordem dos Biomédicos preconiza, nos próximos cincos anos, inscrever Angola na Federação Internacional das Ciências Biomédicas Laboratoriais (IFBLS – sigla inglesa), para proporcionar vantagens à medicina moderna nacional, valorização e padronização dos resultados de diagnóstico laboratorial e, no futuro, ajudar na produção de vacinas."A inserção na Federação Internacional das Ciências Biomédicas será um passo importante para efectuar análises algumas epidemias, como o marburgue, cujo diagnóstico laboratorial é feito em outros países”, disse.

Joaquim Levita avançou que a formação de qualidade dos técnicos e incentivo à investigação científica na área das ciências biomédicas no país fazem parte das apostas da organização.Criada há um ano, a OBCLA conta com 560 membros em todo o país e celebrou a data sob o lema "O papel do biomédico laboratorial no diagnóstico e combate à Covid-19”. Importa referir que mais de 500 biomédicos trabalham, na linha de frente, nas unidades de diagnósticos da pandemia da Covid-19.O 15 de Abril foi instituído em 1996, em Oslo, Noruega, pela Federação Internacional das Ciências Biomédicas Laboratoriais (IFBLS), com o objectivo de regular o exercício da profissão laboratorial, os seus membros e a investigação da ciência a nível mundial.

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