Economia

Sector do Agronegócio lidera no microcrédito

Ana Paulo

Jornalista

Os produtos e serviços da cadeia do agro negócio são os maiores beneficiários das operações de micro-crédito disponibilizados no âmbito do Programa de Reconversão da Economia Informal (PREI), com 812 milhões de kwanzas.

10/02/2021  Última atualização 10H52
Secretário de Estado Mário Caetano João (à esquerda) © Fotografia por: Agostinho Narciso |Edições Novembro
Na iniciativa do PREI, beneficiaram de financiamento de microcrédito cinco sectores produtivos, designadamente, as áreas de processamento alimentar, logística e distribuição de produtos agro-alimentar e de pescas, produção cultural e artística, reciclagem de resíduos sólidos urbanos e produtos e serviços da cadeia do agro negócio.

Os dados avançados on-tem, no habitual "briefing” bissemanal do MEP, demonstram que, esta semana, mais nove operações foram aprovadas em comparação com a anterior. O processamento alimentar, com 206 milhões de kwanzas, seguiu-se en-tre os mais beneficiados de financiamento.

Já o de reciclagem e resíduo sólidos, com 144 milhões, foi o terceiro ramo mais apoiado. A meta do microcrédito, conforme o programa do MEP é de quatro mil milhões de kwanzas disponibilizados para o micro negócio e para o ano de 2021, o limite é de 2,8 mil milhões de kwanzas. Com relação aos pedidos de micro-crédito, no global foram registados mais 60 novos financiamentos. Houve a aprovação de outros 52 projectos, o que totaliza, desde o início deste ano, 242 projectos de micro-crédito já aprovados.

Para o secretário de Estado para a Economia, Mário Caetano João, o montante solicitado só na semana transacta, foi de 67 milhões de kwanzas e os 52 projectos aprovados estão avaliados em 20 milhões. A concentração dos projectos aprovados continua a estar no centro do país, dos quais, 22 na província de Benguela, 19 na Huíla, nove no Huambo e dois em Luanda.

"Neste processo é de ressaltar que seis provinciais continuam a não beneficiar do financiamento de micro-crédito, significando um desafio para o sector. Para se reverter o quadro, o ministério está em negociação com as instituições financeiras para a resolução do problema”, garantiu, o governante.

Dinamização do sector

Para a dinamização ao Programa de Reconversão da Economia Informal (PREI) e criar melhor ambiente de negócio, está em curso a primeira fase do projecto de massificação do registo para a emissão do Bilhete de Identidade, para se dar continuidade ao processo de criação e operacionalização da base de dados do sector informal.

Quanto à operacionalização do Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição das Importações (PRODESI), até a primeira semana de Fevereiro deste ano, o sector formalizou um total de 525 micro empresas. Até ao final de 2021, está previsto um total de 750 micro empresas formalizadas.

Mário Caetano João reconheceu que para a concretização do previsto, conta-se com o apoio de sete sociedades de micro-crédito e uma cooperativa, principais mentores da medida e que têm feito fluir o financiamento destinado aos micro-empreendedores.
"Para o arranque vamos capacitar os centros de atendimento, como o Instituto Nacional de Apoio a Pequenas Empresas (INAPEM), balcão do cidadão e as direcções provinciais”, sublinhou Mário Caetano João, tendo acrescentado que, para o início da campanha de formalização são necessárias implementar estas cinco etapas que vão trazer serviços adequados para o micronegócio.

Comentários

Seja o primeiro a comentar esta notícia!

Comente

Faça login para introduzir o seu comentário.

Login

Economia