Economia

Sector petrolífero absorve 67 mil milhões de dólares

A Sonangol deve empregar cerca de 16,8 mil milhões de dólares em investimentos nas concessões petrolíferas angolanas ao longo dos próximos cinco anos, cerca de 25 por cento do total previsto para esse período, quando se estima que a indústria angolana de hidrocarbonetos absorva 67,4 mil milhões de dólares.

28/03/2021  Última atualização 10H30
Esperado crescimento de 11 por cento dos investimentos no petróleo © Fotografia por: DR
Os números foram avançados na sexta-feira, em Luanda, pelo administrador da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) Belarmino Tchitangueleka, durante um "Fórum sobre Oportunidade de Negócios em Angola nos domínios da Mineração Petróleo e Gás” dirigido ao corpo diplomático acreditado no país.

Comparado com os cinco anos anteriores, quando a indústria petrolífera angolana absorveu 56,3 mil milhões de dólares, o investimento previsto representa um crescimento do sector em 11 mil milhões de dólares, ou pouco mais de 16 por cento.

A ANPG "está também apostada” no fomento do desenvolvimento de campos marginais e em novas oportunidades de petróleo e gás, cuja acção, explicou Belarmino Tchitangueleka, consiste na "promoção de oportunidades em concessões marginais” e "variáveis que tragam melhores índices de viabilidade económica a essas oportunidades e consequentemente as tornem atractivas e exequíveis”.
Iniciativas para fomentar o desenvolvimento de campos marginais e novas oportunidades de petróleo e gás estão em curso em nove blocos petrolíferos em Angola, disse.

A construção de infra-estrutura de suporte às actividades de petróleo e gás foram igualmente assinaladas pelo responsável, que admitiu a necessidade da "melhoria dos terminais e bases logísticas para o apoio às operações de produção ou outras instalações”.
A licitação de 10 blocos "offshore”, reformas políticas no sector petrolífero, "estabilidade fiscal e contratual, mais oportunidades para os prestadores de serviços e ambiente de negócios mais transparente e competitivo” foram apontadas pelo técnico da ANPG como "razões para investir em Angola”.


Energias renováveis
Naquela ocasião, o presidente do Conselho de Administração da Sonangol anunciou que a companhia introduz no sistema de electricidade as primeiras produções de energias renováveis a partir de 2022, à luz de operações que decorrem em parceria com as congéneres italiana e francesa Eni e Total.

Sebastião Gaspar Martins afirmou que decorrem acções para a migração da petrolífera para uma empresa de energia, referindo que a Eni e a francesa Total já estão a fazer esta migração com projectos em algumas províncias angolanas.

"Especificamente estamos com a Eni no Caraculo, na província do Namibe, que é um projecto de energias renováveis, uma fotovoltaica para cerca de 25 megawatts numa primeira fase e mais 25 megawatts na segunda fase”, disse Sebastião Gaspar Martins.
A Huíla conta com um projecto do género, operado pela Total, estando a ser instalado na localidade da Quilemba para 37 megawatts na fase inicial, devendo evoluir para 80 megawatts.

Sebastião Gaspar Martins revelou igualmente que a Sonangol vai instalar, no Cuanza-Sul, um centro de pesquisa visando a produção de hidrogénio, cujas investigações preliminares estão a ser desenvolvidas em cooperação com a Alemanha.

Comentários

Seja o primeiro a comentar esta notícia!

Comente

Faça login para introduzir o seu comentário.

Login

Economia