Desporto

Selecção corrige a estratégia visando “salvar a honra” ferida

Paulo Caculo

Jornalista

Os Palancas Negras realizam hoje, às 18h00, no Estádio dos Coqueiros, nova sessão de treinos de antecâmara à recepção ao Gabão, para o jogo da última jornada do grupo D, das eliminatórias de acesso ao CAN de 2022, nos Camarões.

27/03/2021  Última atualização 14H55
Apesar de ficarem arredados da corrida ao CAN’2022 Palancas já preparam o jogo com o Gabão © Fotografia por: DR
No desafio que serve apenas para o combinado nacional  cumprir calendário, depois que ficou  definida a dupla (Gâmbia e Gabão) que garante a presença nos Camarões, no próximo ano, nada mais se espera de Angola, que não seja uma saída das eliminatórias com uma vitória, nem que seja por números mínimos, para salvar a honra.
A pensar nesta possibilidade e, seguramente, no futuro  da selecção o seleccionador não fechou as portas à chegada de mais quatro profissionais. Bastos Quissanga, Nurio Fortuna, Anderson Cruz e Ricardo Baptista juntaram-se ontem aos treinos da equipa nacional, depois de terem folgado a viagem a Banjul.

À semelhança da preparação de treinos realizada na noite de ontem, Pedro Gonçalves deve hoje voltar à carga nos exercícios de circulação, passe e posse de bola. Os habituais ensaios de construção do jogo ofensivo e defensivo pode consumir metade dos trabalhos dos Palancas Negras.
De acordo ao que deixa transparecer o seleccionador nacional, para o embate frente ao já qualificado Gabão novas alterações podem ser efectuadas ao "onze”, relativamente àquele que evoluiu em Banjul, na derrota ante a Gâmbia.
Angola jogou com Hugo Marques à baliza, Diógenes e Paizo nas laterais e  Buatu, Kiolunda e Matuwila no centro da defesa. O meio-campo angolano esteve povoado por Ary Papel, Fredy, Show e Estrela, ao passo que no ataque actuou o estreante Mbala Nzola.


Seleccionador focado  no futuro
Conformado com o fracasso nas eliminatórias ao CAN, Pedro Gonçalves faz questão de olhar para frente. O seleccionador  dissecou rapidamente a nova derrota e redefiniu o foco para a construção da equipa futura dos Palancas.
"Temos de olhar para o futuro. Lançamos quatro estreias (no jogo com a Gâmbia) para o futuro e temos de acreditar neste caminho. É difícil e sei bem daquilo que todos estamos a passar, especialmente aqueles angolanos que connosco estão amargurados com as circunstâncias. Sofram, mas que nunca deixem de nos apoiar”, roga aos adeptos Pedro Gonçalves declarações.

Garante estar a  "construir o futuro” e pede aos aficcionados da Selecção Nacional paciência, mas sobretudo faz um apelo para que  acreditem no futuro, pois assegura: "vai ser bem melhor do que neste ponto em que estamos. Aqui ninguém baixa os braços, vamos ser briosos e corajosos, porque estamos a construir aquilo que queremos”.
Instado a avaliar as razões do fracasso de Angola, o treinador português ao serviço do combinado nacional recordou as várias contrariedades enfrentadas com a reunião dos jogadores.

"A convocatória foi muito penalizador. Naquilo que tínhamos  projectado para o jogo com a Gâmbia tivemos 12 jogadores a menos. Tivemos de ser briosos e corajosos, procurar soluções que nos abram portas para o futuro”, destacou, para em seguida admitir que houve escassez de recursos que condicionaram a criação das melhores condições de trabalho ao longo de toda a campanha de qualificação.

"Evidente que gostaríamos de nos apresentar mais competitivos e dar um passo em frente, muito mais sólidos. Estamos no nosso caminho e processo, dentro daquilo que são os recursos que temos disponíveis. É, efectivamente, uma realidade a diferença de recursos existentes, mas estamos num processo e temos de acreditar nele”.

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