Sociedade

Semana Mundial de Segurança Rodoviária

Inicia-se amanhã, até ao próximo dia 23 de Maio, a sexta Semana Mundial da Segurança Rodoviária das Nações Unidas, com o objectivo de mobilizar os líderes e as comunidades para que trabalhem juntos no sentido de tornar as nossas estradas mais seguras, numa altura em que todos os anos, mais de 1,35 milhões de pessoas morrem em acidentes rodoviários em todo o mundo.

16/05/2021  Última atualização 06H05
Segurança Rodoviária © Fotografia por: DR
Numa nota a que o Jornal de Angola teve acesso, a ONU diz que actualmente os acidente de viação são a  principal causa de morte de crianças e jovens entre os 5 e 29 anos. A este evento seguir-se-á o lançamento do Plano Mundial para a Década de Acção para a Segurança Rodoviária 2021–2030.

A Região Africana da OMS representa apenas 3% dos veículos matriculados a nível mundial, mas é responsável por 20% dos óbitos causados por acidentes rodoviários no mundo, com cerca de 272 000 africanos a morrerem nas nossas estradas todos os anos(40% destas vítimas são transeuntes).

A velocidade é um factor de risco importante para o número de mortes e ferimentos registados nas estradas. Dados recentes mostram que a redução dos limites de velocidade nas áreas urbanas permitiu diminuir o risco de acidentes mortais e reforçar a segurança dos utentes da estrada , incluindo os peões, os ciclistas, as crianças, os idosos e as pessoas com deficiência. No geral, um aumento da velocidade média de um quilómetro por hora traduz-se num risco 3% mais elevado de acidente e num aumento de 4% a 5% de vítimas mortais.

A maioria dos países estabeleceu um limite de velocidade de 50 quilómetros por hora nas zonas urbanas.
A OMS, as Nações Unidas, as organizações filantrópicas e da sociedade civil que apoiam as autoridades locais estão a liderar um movimento que visa reduzir os limites de velocidade para 30 quilómetros por hora em contextos urbanos de alta densidade.

Estes limites de velocidade foram implementados com sucesso em áreas urbanas de países na Europa e na América do Norte, o que permitiu reduzir o número de acidentes e mortes. Em países africanos como o Botsuana, o Malawi, a Namíbia e a Zâmbia, as actividades de sensibilização encetadas pelos líderes locais contribuíram para a instauração de um limite de velocidade de 30 quilómetros por hora junto das escolas. São medidas positivas que protegem as crianças e exorto outros países a seguirem o mesmo caminho.

Ainda há muitos desafios pela frente, incluindo a construção de infra-estruturas adequadas que apoiem as políticas, o reforço da colaboração multissectorial, a adopção de um maior compromisso político e a realização de campanhas de sensibilização para garantir que o público em geral conhece, compreende e age de acordo com a nova regulamentação.

A OMS está a apoiar os países a ultrapassar estes desafios, a desenvolver capacidades para implementar soluções baseadas em dados factuais e a melhorar a qualidade dos dados, com vista a uma melhor monitorização e planeamento. Estamos também a colaborar com parceiros para mobilizar recursos financeiros e humanos de modo a tornar as nossas estradas mais seguras.

Ao longo dos últimos dez anos, o plano da Década de Acção das Nações Unidas para a Segurança Rodoviária 2011–2020 permitiu estabelecer um compromisso político e levou à elaboração de intervenções baseadas em dados factuais que visam salvar vidas e diminuir o risco de lesões rodoviárias.

O sucesso alcançado por esta iniciativa levou a Assembleia Geral das Nações Unidas a apelar a uma segunda Década de Acção para a Segurança Rodoviária 2021–2030, com o objectivo de reduzir para metade as mortes causadas por acidentes rodoviários.

Alcançar esta meta ambiciosa exigirá uma acção urgente por parte dos governos, das organizações da sociedade civil e dos parceiros internacionais.

Assim, nesta Semana Mundial da Segurança Rodoviária, apela a todos os líderes e comunidades para que promovam a instauração de limites de velocidade mais seguros. Esta medida permitirá salvar vidas e tornar as nossas comunidades mais saudáveis, ecológicas e habitáveis.

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