Sociedade

Sindicalistas “caçam” fundo de desemprego

Joaquim Cabanje

Jornalista

O Sindicato do Comércio, Hotelaria e Turismo propôs ao Governo a criação de um Fundo de Desemprego, para apoiar pessoas potencialmente produtivas, mas que se encontram sem vínculo laboral.

12/04/2021  Última atualização 08H43
© Fotografia por: DR
Falando ontem para o Jornal de Angola, Inácio César, presidente do Sindicato de Comércio, Turismo e Hotelaria de Angola (SINTCHTA), revelou que, se o Estado criar um Fundo de Desemprego, vai com isso enquadrar, paulatinamente, as pessoas fora do sistema de emprego.

De acordo com Inácio César, o Estado deve criar um Fundo de Desemprego para os trabalhadores angolanos, sobretudo para os de idade média juvenil até os 45 anos ou dos 18 até os 35 anos. "Com a sua criação, o Estado tem mais responsabilidades”, enfatizou. Ao mesmo tempo, refere que as autoridades podem criar mais iniciativas, incluindo entre os privados, já que sozinho não consegue atender todas as necessidades.

Aproximando-se o dia 1º de Maio, o sindicalista é de opinião que nesse dia os sindicatos concedam um prazo aceitável ao Presidente da República, relativamente às reclamações sobre condições sociais dos trabalhadores, que são sobejamente precárias. "Caso o Chefe do Governo não respondesse a essas exigências, teríamos um recurso, que é a greve”, reforçou César Inácio.

Questionado sobre as consequências negativas da Covid-19 nas empresas angolanas, o responsável sindical revelou que a sua organização controla perto de três mil trabalhadores despedidos, no âmbito da pandemia. Segundo avançou, ao se olhar para o ramo de Comércio, nota-se que a maior parte dos supermercados estão encerrados, incluindo alguns de grandes superfícies. Revelou que no ramo da Hotelaria, onde também actua o sindicato, os trabalhadores e unidades encontram-se totalmente de rasto.

O presidente do Sindicato do Comércio, Hotelaria e Turismo propôs ainda a revisão pontual da nova Lei Geral do Trabalho, já que ela não defende a estabilidade do emprego. Segundo Inácio César, quem fez a lei são os gestores e ao mesmo tempo governantes, apenas para defenderem os seus interesses, razão mais que suficiente para os sindicatos solicitarem uma moratória de um mês, para a revisão da lei.
"Se a Constituição da República, com iniciativa do Presidente da República, já tem uma revisão pontual, porque os sindicatos não reúnem, para exigir uma revisão pontual, sobretudo nos aspectos que têm a ver com contratos”, interrogou-se.

Formação profissional

Inácio César congratulou-se com a realização no país de vários cursos profissionais, sobretudo para os jovens, visto que isso permite inseri-los rapidamente no mercado de emprego, ao contrário dos cursos universitários feitos nas faculdades.

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