Política

Supressão de vistos promove o turismo

A ministra são-tomense dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Comunidades disse, sexta-feira, que o acordo de supressão de vistos nos passaportes ordinários assinado com Angola “potencia o turismo regional”, constituindo, também, “um compromisso em relação à mobilidade”.

10/01/2021  Última atualização 12H06
Edite Ten Jua considerou que o acordo vai ampliar o âmbito das relações entre os dois países © Fotografia por: Santos Pedro| Edições Novembro
"Tendo em conta que São Tomé e Príncipe é um país com vocação para o turismo, um acordo de supressão de vistos também potencia o turismo regional”, disse Edite Ten Jua, citada pela agência Lusa.

"Os acordos têm que ser vistos numa vertente muito mais ampla. E, nesta linha de ideias, dizer que este acordo vem potenciar o empresariado, facilitar as trocas, o comércio e fazer a aquisição de bens”, acrescentou.

O acordo de supressão de vistos nos passaportes entre São Tomé e Príncipe e Angola foi assinado a 31 de Dezembro, em Luanda.
A governante considerou o acordo "um exemplo da vontade e do compromisso” entre os dois povos em relação à mobilidade, que "é uma questão de actualidade, que está em cima da mesa, a nível, também, de outros blocos de cooperação, como é o caso da CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa)”.

Edite Ten Jua referiu que o acordo "é histórico”, explicando que "vai fortalecer as relações de irmandade que existem entre os dois povos”.   Lembrou que em Angola há "uma comunidade muito representativa” de cidadãos do seu país, pelo que "um acordo desta natureza é uma forma de aproximação dos povos”, que "permite a mobilidade entre são-tomenses e angolanos”.

Edite Ten Jua regressou a São Tomé, recentemente,e no balanço da deslocação ao estrangeiro referiu que o acordo se baseia em "pilares muito importantes como o da amizade, da solidariedade e, sobretudo, do respeito mútuo”.

O Governo de São Tomé e Príncipe já, em 2013,  tomara a decisão unilateral de permitir abrir a entrada no país aos angolanos, permitindo que permanecessem por 15 dias sem vistos.

"Esse acordo que assinamos agora, em Dezembro, vem ampliar o âmbito do que é essa relação”, disse Edite Ten Jua, sublinhando que permite que "nacionais dos dois países possam entrar, transitar, permanecer no território da outra parte por cerca de 90 dias, com a possibilidade de uma extensão, caso seja necessário”.

As autoridades do arquipélago sublinham as "grandes vantagens” do acordo de supressão de vistos nos passaportes assinado entre os dois Estados, sublinhando a importância da "aproximação familiar”.

A governante enquadrou este acordo no âmbito da mobilidade que está a ser tratada, de forma global, entre os países membros da CPLP. "Mas os países também têm avançado para acordos de supressão de vistos que não deixam de ser uma forma de mobilidade do ponto de vista bilateral”, adiantou.

O acordo assinado tem 30 dias para começar a ser implementado. Segundo a governante, neste período, as autoridades dos dois países tratarão das "questões logísticas, de formação de quadros que incluem a identificação dos passaportes” e, também, "informar outras instituições, que não são parte deste acordo que ele existe”.

As duas partes assinam o acordo de supressão de vistos nos passaporte numa altura em que as ligações aéreas entre os dois países estão suspensas há vários meses devido à Covid-19.

A ministra dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Comunidade de São Tomé e Príncipe afirmou que "estes 30 dias darão espaços” aos dois governos para reatarem as ligações aéreas”.

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