Sociedade

TAAG nega cobrança de taxas adicionais

Edivaldo Cristóvão

Jornalista

O porta-voz da TAAG, Carlos Vicente, garantiu, ontem, em Luanda, que a companhia aérea angolana não está a cobrar taxa adicional aos passageiros que pretendem remarcar voos para o regresso ao país até 24 de Janeiro, data em que as autoridades vão suspender as ligações aéreas com Portugal, África do Sul e Brasil, devido às novas variantes da Covid-19 naqueles países.

20/01/2021  Última atualização 11H15
© Fotografia por: Vigas da Purificação| Edições Novembro
Carlos Vicente anunciou, ainda,  que em caso de necessidade, a TAAG vai ter voos de repatriamento sem custos adicionais, para atender os cidadãos que não conseguirem regressar até ao dia 24 deste mês.  O ministro dos Transportes, Ricardo de Abreu, anunciou há dias que não seriam cobradas taxas para remarcação de voos, mas persistem informações de  que alguns cidadãos estão a ser obrigados a pagar valores elevados para garantir o regresso ao país,  outros têm de submeter-se a voos de escala, mesmo tendo os bilhetes de ida e volta garantidos.  

A decisão do Executivo em suspender as ligações aéreas com Portugal, Brasil e África do Sul  a partir do dia 24 de Janeiro, teve como objectivo conter a propagação da Covid-19 e manter o máximo controlo da situação epidemiológica no país, atendendo a circulação da nova variante do vírus nestes países. Um dos cidadãos angolanos que se encontra em Portugal, disse que a maior parte dos que pretendem regressar, foram de férias ou em tratamento.  

O jovem que não quis ser identificado, contou à nossa reportagem que foi a Lisboa em gozo de férias e afirma  estar numa "situação de sufoco", por não dispor de mais dinheiro para pagar a diferença que a companhia área exige.   Disse que antes de os passageiros embarcarem para Luanda, têm de fazer um teste da Covid-19  no valor de 100 Euros. Ainda  assim, são obrigados a fazer um novo teste em Luanda, que se segue com o cumprimento da quarenta domiciliar. 

Outro cidadão que também está em Portugal de férias e não quis ser identificado disse que "a situação está complicada". Revelou que vai regressar no dia 23 de Janeiro, mas tem de fazer o check-in com antecedência para não perder o lugar, "porque muitas pessoas estão a ser tiradas das marcações para darem prioridade aos que lhes convém". O seu regresso estava previsto para o dia 3 de Fevereiro, por isso, teve de antecipar para não ficar retido em Lisboa.

Considerando que a via aéreas constitui o principal meio de circulação do vírus, o Executivo adoptou algumas medidas para diminuir o máximo possível o potencial de contágio. Depois de uma avaliação da situação epidemiológica  e dos indicadores que existem em alguns países, particularmente aqueles com ligação aérea directa com Angola, nos casos da República da África do Sul, Portugal e Brasil houve a necessidade de suspender os voos. 

O ministro de Estado  e chefe  da Casa Civil do Presidente da República, Adão de Almeida,  explicou na altura do anúncio da suspensão dos voos, que esta situação é temporária e  ainda não está definido o período de duração. A ideia é que, regularmente,  as instituições competentes façam a avaliação da situação e em função do resultado decidir  as alterações que devem ser feitas.

De acordo com o plano de regresso de passageiros anunciado pelo ministro dos Transportes, Ricardo de Abreu, hoje chega a Luanda  um voo vindo de Lisboa (Portugal)  e amanhã um outro proveniente de Joanesburgo ( África do Sul).  Até ao dia 24 de Janeiro chegarão de Portugal, Brasil e  África do Sul  11.100 passageiros, entre angolanos e estrangeiros residentes no país..  

Passageiros incumpridores  

A ministra da Saúde disse há dias que todos os passageiros vindos dos países com a nova estirpe da Covid-19, que não cumprirem a quarentena domiciliar obrigatória de dez dias, devem ser denunciados e encaminhados de forma coerciva para Calumbo, zona destinada a quarentena institucional.  Sílvia Lutucuta  afirmou que os cidadãos com resultados negativos vão cumprir a quarentena domiciliar obrigatória por um período de dez dias.

Comentários

Seja o primeiro a comentar esta notícia!

Comente

Faça login para introduzir o seu comentário.

Login

Sociedade