Os dados foram avançados pelo Ministério da Saúde, durante as celebrações do Dia Mundial do Combate contra a Tuberculose, que se assinalou quarta-feira.
"Pretendemos aprimorar, cada vez mais, os mecanismos de identificação e testagem dos indivíduos com tuberculose latente, bem como disponibilizar novos medicamentos”, disse Carlos Agostinho do Rosário, Primeiro-Ministro moçambicano, durante o evento que assinalou a data no Palácio do Conselho Municipal de Maputo.

Segundo dados do Ministério da Saúde, estima-se que 110 mil pessoas sejam infectadas anualmente e cerca de 30 milhões de dólares sejam investidos na aquisição de medicamentos. Para fazer face à doença, o Governo moçambicano também tem dado prioridade a acções de sensibilização e capacitação de recursos humanos em zonas em que a doença é mais frequente. Com a Covid-19, as campanhas de sensibilização sobre a tuberculose foram interrompidas e o número de pacientes que se deslocam às unidades de saúde reduziu, o que as autoridades lutam para reverter.

"No contexto da Covid-19, o sector da Saúde deve assegurar a implementação de estratégias que concorram para o alcance do grande compromisso, que é controlar a tuberculose”, afirmou Carlos Agostinho do Rosário. A maior preocupação das autoridades moçambicanas prende-se com os casos de tuberculose resistente, consequência, muitas vezes, do incumprimento das orientações médicas ou do abandono do tratamento.