Sem surpresa, a candidatura do antigo presidente Mahmud Ahmadinejad foi rejeitada, mas contra todas as expectativas, também foi excluída a de Ali Larijani (conservador), antigo presidente do parlamento, assim como a do vice-presidente Eshaq Jahanquiri (reformador), indicou a agência France-Presse.

Segundo a lista do Ministério do Interior divulgada pela agência oficial Irna, os candidatos autorizados a concorrer às presidenciais são: o deputado Amirhossein Ghazizadeh-Hachemi (ultraconservador), o governador do Banco Central Abdolnasser Hemmati (reformador), Said Jalili, antigo secretário-geral do Conselho Supremo da Segurança Nacional (ultraconservador), Mohsen Mehralizadeh, antigo vice-presidente (reformador), o chefe da Autoridade Judiciária, Ebrahim Raissi (ultraconservador), o general Mohsen Rezai, antigo comandante-chefe dos Guardas da Revolução (ultraconservador), e o deputado Alireza Zakani (ultraconservador).

Raissi, que obteve mais de 38% dos votos nas presidenciais de 2017, é o favorito.
As últimas presidenciais foram vencidas por Hassan Rohani, figura destacada do designado movimento moderado, que conseguiu a reeleição à primeira volta. A Constituição impede-o de disputar um terceiro mandato consecutivo.

O Conselho dos Guardiães da Constituição, órgão não eleito encarregado do controlo do escrutínio e da validação das candidaturas, escolheu os sete candidatos, entre as quase 600 candidaturas às presidenciais apresentadas em meados deste mês.

Ahmadinejad já tinha sido desqualificado nas anteriores presidenciais em 2017.
De acordo com o regulamento, os candidatos invalidados poderiam recorrer da decisão até à meia-noite de ontem.