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União Europeia promete apoiar eleições em 2022

A União Europeia (UE) garantiu, ontem, ao Mali o apoio ao processo conduzido pelos actuais detentores do poder no país, que culminará com a realização de eleições em Fevereiro de 2022, isto no mesmo dia em que mais três soldados morreram no país devido ao rebentamento de um engenho explosivo improvisado, na região central de Mopti.

11/05/2021  Última atualização 09H00
Chefe da Política Externa da UE esteve em Bamako © Fotografia por: DR
 Segundo a France Press, o chefe da política externa da UE falou, ontem, por videoconferência com os principais líderes do Mali sobre os apoios para as eleições previstas para Fevereiro do próximo ano.

 Josep Borrell, que esteve a semana passada em Bamako, capital do país, prometeu apoio da organização para o período de transição que o Mali atravessa, após o golpe militar que depôs o então presidente Ibrahim Boubacar Keita, em 18 de Agosto do ano passado, após meses de protestos motivados pelo seu fracasso na resolução do conflito jihadista que decorre há largos anos no país e pela percepção de corrupção.

 "Este é um período de transição que deve ser histórico, pois vai servir de base para o novo Mali, com um processo e um calendário a seguir, com eleições, reformas estruturais e boa governação. Com isso, o Mali pode contar com o apoio da União Europeia, sublinhou Josep Borrell.
A nova Estratégia da UE para o Sahel sublinha a importância de uma parceria sólida e de longo prazo na região, através de legislação e estratégias com os cinco países do G5 da região: Burkina Faso, Tchad, Mali, Mauritânia e Níger.

No entanto, isto coloca a acção da UE no contexto mais amplo dos desafios regionais e transfronteiriços e das ligações que existem, em particular entre o Sahel, os Estados costeiros da África Ocidental, a bacia do Lago Tchad e o Norte de África.
 Desde 2012 que o Mali luta para conter uma rebelião jihadista que se iniciou na parte norte do país e se espalhou com ataques a algumas cidades nas regiões centrais. Milhares de civis e militares foram mortos no conflito.

Esta região também tem sido ameaçada por mudanças climáticas, pressão demográfica, acesso a recursos naturais e riscos de epidemia. As eleições presidenciais e legislativas deverão ocorrer no Mali em Fevereiro de 2022.
A localidade de Hombori é uma área de actividade e de refúgio para grupos ligados ao Grupo de Apoio ao Islão e aos Muçulmanos (GSIM), filiado na Al-Qaeda, assim como de rebeldes pertencentes ao grupo Estado Islâmico.

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