Política

UNITA considera o debate oportuno

Alcides Sakala, do grupo parlamentar da UNITA, considerou oportuno o debate, salientando que o mesmo pode contribuir para se perceber, não só as implicações, mas, também, as causas mais profundas da impunidade no país, um factor gerador de desigualdades e injustiças sociais.

22/01/2021  Última atualização 11H50
© Fotografia por: Maria Augusta | Edições Novembro
O deputado considerou a impunidade no país como sistémica, salientando que radica nos fundamentos do sistema de partido único implantado em Angola logo depois da proclamação da Independência Nacional, em Novembro de 1975."A impunidade floresceu no seio da superstrutura do sistema monopartidário, enriqueceu de forma ilícita uma minoria de angolanos e criou, durante décadas, forte tentáculos no exterior e cumplicidades internas na base de interesses pessoais”, referiu.Para Sakala, a recusa da criação de comissões parlamentares de inquérito para auditar as contas  da Sonangol, bem como a necessidade de os deputados fiscalizarem os actos de governação, constituem os exemplos mais palpáveis da falta de vontade política de quem governa para acabar com a impunidade e corrupção no país.
CASA-CE atira culpas ao MPLA

O deputado Justino Pinto de Andrade, da CASA-CE, considerou que o estado actual do país é sobretudo consequência das políticas económicas e sociais implementadas pelo MPLA, fruto das opções ideológicas que conduziram ao empobrecimento quase absoluto dos angolanos."Não é justo dizer-se que tudo isso decorreu no contexto da guerra e do conflito interno, mas sim o resultado de uma opção ideológica que transformou o capital privado nacional em inimigo do povo”, afirmou.Ainda assim, o político defendeu mais respeito e solidariedade ao ex-Chefe de Estado por parte dos seus companheiros de percurso, sobretudo dos dirigentes que estavam muito próximo. "Quem tirou bom proveito da política que José Eduardo dos Santos implementou foram, precisamente, os dirigentes do seu partido”, sustentou.A acumulação primitiva de capital foi legitimada pelo MPLA, insitiu o também presidente do Bloco Democrático, acrescentando que, por isso, "deve assumir a total responsabilidade dos descalabros económicos e financeiros do país”.Justino Pinto de Andrade disse que se o MPLA quiser, realmente, "virar, mais uma vez, a página” deve assumir  o seu passado - onde até pode valorizar os seus feitos positivos - e, com coragem, reconhecer os erros cometidos."Criminalizem-se apenas as práticas que violaram a lei e não busquem vítimas de uma forma selectiva e discriminatória”, exortou.

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