Política

UNITA critica “partidarização” das instituições

O presidente do Grupo Parlamentar da UNITA, Liberty Chiaka, criticou, ontem, a existência de comités de especialidade de médicos e enfermeiros do MPLA, o que estaria a gerar desconfiança de dirigentes daquele partido nas instituições hospitalares.

26/05/2021  Última atualização 09H16
Presidente do Grupo Parlamentar da UNITA, Liberty Chiaka © Fotografia por: DR
Falando em  conferência de imprensa, sobre "A crise de confiança nas instituições públicas", Liberty Chiaka apontou como principais causas de mortes de deputados e responsáveis do seu partido nos últimos tempos, as "desconfianças e receios" dos malogrados em procurarem as instituições hospitalares, dada a partidarização das mesmas.


"Alguns dos compatriotas que faleceram, talvez não tivessem morrido nesta fase,  não fossem os receios e desconfianças de ordem política que habitam em muitos angolanos", afirmou.
O político referiu, entretanto, que os receios e desconfianças nada têm a ver com a competência dos profissionais de saúde, apontando como motivos das mortes a partidarização das instituições do Estado, consubstanciados na existência de Comités de Especialidade de Médicos e Enfermeiros do MPLA.

Apontou a comunicação social pública, os Serviços de Inteligência, os gabinetes de Comunicação Institucional e Acção Psicológica do Presidente da República como sendo, supostamente, órgãos partidários para criminalização dos principais adversários políticos.
Em relação ao combate contra a corrupção no país, o parlamentar disse que a UNITA e os seus militantes há muito deixaram de acreditar neste combate, salientando que o mesmo continua a ser selectivo.
Para Liberty Chiaka não existe rigor neste combate para os que efectivamente delapidaram o Estado. "Apenas algum peixe miúdo está a ser exibido para alimentar um suposto combate contra o fenómeno".

Sobre os últimos desfalques ao Estado, em que estão envolvidos elementos da Casa de Segurança do Presidente da República, Liberty Chiaka insurgiu-se contra a apresentação do major da Banda de Música como prova do comprometimento do Estado na luta contra a corrupção.

Referiu que a UNITA não dá crédito à actual filosofia de combate à corrupção porque "existem auxiliares do Titular do Poder Executivo profundamente envolvidos  em actos de corrupção, bem conhecidos pelos angolanos, mas que o poder judicial nada faz". O político entende que Angola está sem uma agenda de governação, que aponte claramente soluções para a resolução dos problemas políticos, sociais e económicos.

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