Coronavírus

Vacinação no bom caminho com 200 milhões de doses disponibilizadas

Xavier António

Jornalista

A Comissão Europeia anunciou, sábado, que 200 milhões de doses de vacinas anti-Covid-19 chegaram já à União Europeia (UE) e 160 milhões de europeus já receberem a primeira dose, levando a que a vacinação esteja “no bom caminho”.

10/05/2021  Última atualização 07H30
Vacinação na Europa © Fotografia por: DR
"Actualizei os líderes sobre os bons progressos que temos com a nossa campanha de vacinação. Já entregámos mais de 200 milhões de doses ao povo europeu e, por isso, estamos no bom caminho para atingir o nosso objectivo de entregar doses suficientes até Julho para vacinar 70 por cento da população adulta europeia”, divulgou a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

Falando aos jornalistas no final de um Conselho Europeu informal, no Palácio de Cristal do Porto, Portugal, a líder do executivo comunitário assinalou que "a administração de vacinas é ainda melhor”, sendo que "os números são próximos dos 160 milhões de europeus que já receberam uma primeira dose, o que corresponde a mais de 25 por cento  da população da UE”.
"Esta é uma boa notícia e vamos continuar assim”, garantiu Ursula von der Leyen.

Ainda ontem, a Comissão Europeia anunciou um novo contrato de aquisição de 1,8 mil milhões de vacinas da Pfizer/BioNTech contra a Covid-19 para 2022 e 2023 e, sobre esta questão, a responsável disse ter ficado "satisfeita pela conclusão das negociações”.
Isto porque este novo contrato irá permitir abranger crianças e adolescentes que, "mais cedo ou mais tarde”, terão de ser vacinados, irá garantir reforço da vacinação além das duas doses e ainda responder às "chamadas variantes de preocupação”, elencou Ursula von der Leyen.

"O caminho para ultrapassar a pandemia é através da campanha de vacinação, mas é claro que não podemos baixar a guarda e temos de nos preparar para o futuro”, acrescentou a líder do executivo comunitário, anunciando também novos contratos semelhantes para aquisição de compras "baseadas em outras tecnologias como as baseadas em proteína [spike]”.

Já abordando a discussão em curso sobre a criação do certificado verde digital, Ursula von der Leyen classificou este como "um tópico que foi importante [porque], naturalmente, todos estão a pensar na estação do verão”.
"É importante para que as pessoas planeiem com antecedência as férias e é igualmente importante para os trabalhadores do turismo, da hotelaria ou do sector dos transportes que esperam estar de novo no activo e para as empresas, claro, desses sectores que esperam começar a recuperar”, assinalou Ursula von der Leyen.

Para tal, além do "parâmetro-chave que é a vacinação”, também "devemos permitir viajar dentro e para a União Europeia”, insistiu a líder do executivo comunitário, revelando que "o trabalho jurídico e técnico sobre o certificado está no bom caminho para que o sistema esteja operacional” em Junho. Isto porque, "graças ao excelente trabalho da presidência portuguesa do Conselho e devido à rapidez dos parlamentos em chegar a uma posição, podemos realisticamente visar um acordo político até ao final deste mês”, adiantou.

Em causa está a proposta legislativa apresentada pelo executivo comunitário em meados de março para a criação de um certificado digital para comprovar a vacinação, testagem ou recuperação da Covid-19, um documento bilingue e com um código QR que deve entrar em vigor até Junho para permitir a retoma da livre circulação na UE no verão. Em meados de Abril, os Estados-membros da UE aprovaram um mandato para a presidência portuguesa do Conselho negociar com o Parlamento Europeu a proposta de implementação deste certificado verde digital. No final de Abril, foi a vez de a Assembleia Europeia adoptar a sua posição negocial, passo após o qual arrancaram as negociações interinstitucionais.

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