Numa recente ronda efectuada pelo Jornal de Angola, foi possível constatar que, apesar de estar em curso o processo  que visa a transferência das "zungueiras”, em definitivo, para espaços adequados construídos pelas autoridades do Chitato, um número elevado delas insiste em vender nas ruas da cidade e periferia do Dundo.

A zona comercial, a Centralidade do Dundo e o bairro Camanquenzo-2, constam dos locais onde as vendedoras fixam postos de venda, sem se importar com as medidas de combate à Covid-19, definidas pelas autoridades sanitárias, particularmente o distanciamento físico e o uso obrigatório da máscara facial.

"As vendedoras rejeitam a ideia de serem transferidas para os mercados designados pela administração do Chitato, bem como acatar as medidas de prevenção”, lamentou João Satula, que reside há mais de 15 anos no Dundo.
Na zona comercial, por exemplo, o "frenesim” que lhe é característico, tanto de vendedoras como dos clientes, tornava praticamente insignificante a tarefa dos agentes da Polícia Nacional presentes no local, que, reiteradas vezes insistiam na retirada das senhoras e a necessidade do uso da máscara facial.

De acordo com fonte da Administração Municipal do Chitato, para acomodar as vendedoras encontram-se disponíveis três mercados, um dos quais dispõe de infra-estruturas modernas, nomeadamente o mercado do Samanhonga, na zona do Carinhenga, bairro Camaquenzo-1. Implantado numa área de aproximadamente 45 mil metros quadrados, a estrutura tem capacidade para acolher cerca de 1.200 vendedores.