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Vitória do 1º de Agosto foi insuficiente para a reviravolta

António de Brito

Aguardar pelo veredicto ao protesto apresentado à Confederação Africana de Futebol (CAF), após acontecimentos do primeiro jogo, o 1º de Agosto derrotou, ontem, o Namungo da Tanzânia, por 3-1, no Estádio Chamazi, em Mbagala, para a segunda mão da última eliminatória de acesso à fase de grupos da Taça CAF, depois de ter perdido o primeiro desafio, no domingo, por 2-6.

26/02/2021  Última atualização 11H07
Avançado hondurenho Brayan Moya “bisou” na salvação da honra dos agostinos © Fotografia por: Paulo Mulaza | Edições Novembro
Com Macaia e Zine a serem excluídos do "onze” inicial em cima do jogo, depois de as autoridades sanitárias da Tanzânia alegarem que ambos os jogadores haviam testado positivo à Covid-19, o que levou a comitiva angolana a protestar junto do trio de arbitragem e do comissário ao jogo, a equipa técnica da formação militar teve de fazer reajustes na equipa que tinha escalonada para o desafio.
Edmilson foi adaptado a médio trinco para ocupar a vaga de Macaia, ao passo que o médio ofensivo Manico preencheu o lugar do avançado Zine. Tanto Edmilson quanto Manico não defraudaram as expectativas do corpo técnico, pois cumpriram com zelo e dedicação as missões que lhes foram atribuídas.

O 1º de Agosto actuou com Tony Cabaça na baliza, quarteto defensivo formado por Mira, Natael, Isaac e Jó. Na linha intermédia jogaram Herenilson, Edmilson, Mongo e Moya. As despesas de ataques foram entregues a Atouba e Manico, num claro 4-4-2.  
Apesar de actuar num ambiente adverso, o 1º de Agosto entrou bem no desafio e procurou nos minutos iniciais dificultar a estratégia montada pelo treinador Hamed Soleiman (5-3-3), após as ilações retiradas do primeiro encontro.

O campeão angolano actuou com personalidade e pressionava o adversário com a posse da bola à dimensão de todo o terreno. Os tanzanianos não encontravam espaços para saírem a trocar a bola de trás para a frente. Na sequência de uma bola dividida, o Namungo adiantou-se no marcador, por intermédio de Sixtus Sabilo, aos cinco minutos.

Apesar do golo sofrido, o conjunto do Rio Seco não esmoreceu e passou a atacar mais a baliza adversária, com cruzamentos perigosos, através de rasgos individuais protagonizados por Mira e Natael. Fruto deste ascendente, o 1º de Agosto repôs a igualdade no marcador, por intermédio do hondurenho Brayan Moya, na cobrança de uma grande penalidade, quando estavam decorridos 27 minutos.


Equipa combativa

No regresso dos balneários, a formação angolana manteve o pé no acelerador e o bloqueio às iniciativas ofensivas do Namungo, anulando, sobretudo, as suas principais unidades, casos de Sixtus Sibalo, Stephen Sey e Blaize Bigirimana.
Em consequência do maior caudal ofensivo, a equipa treinada por Paulo Duarte virou o resultado, com "bis” de Brayan Moya,  à passagem do minuto 54. O congolês democrata Mongo "trocou os olhos" a dois contrários, e assistiu na área o hondurenho, que  se antecipou aos centrais adversários para voltar a facturar. Aos  90+2, o central Jó fechou a contagem, ao surgir na área adversária para bater pela terceira vez o guarda-redes Jonathan Nahimana.

Mais esclarecido no terreno, o 1º de Agosto não deu espaço de manobra ao Namungo, mas também falhou situações claras para sair da Tanzânia com uma vitória histórica e a qualificação para a fase de grupos.  
O Namungo teve de utilizar artifícios, como os alegados supostos testes positivos da Covid-19, para impedir que as principais unidades da equipa militar jogassem no passado domingo na pesada derrota de (2-6), como são os casos de Neblú, Bobô, Bonifácio, Mário Balbúrdia e Mabululu. 

Depois dos acontecimentos do primeiro desafio, o 1º de Agosto além protesto apresentado à CAF, enviou igualmente um vídeo com imagens do suposto oficial Covid sem a indumentária exigida pelos regulamentos da Organização Mundial da Saúde (OMS), aparecendo de chinelos e mal vestido no hotel, para seleccionar as amostras da testagem.

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