Economia

Zona de Livre Comércio abre novas oportunidades

A secretária de Estado para as Relações Exteriores, Esmeralda Mendonça, disse, ontem, na Zona Económica Especial (ZEE) Luanda-Bengo, que África deve, no âmbito da récém-criada Zona Continental de Livre Comércio Africano (ZCLCA), encontrar caminhos para fomentar as parcerias e as trocas comerciais conjuntas, com vista ao desenvolvimento económico e social das populações.

14/04/2021  Última atualização 11H05
© Fotografia por: DR
Segundo Esmeralda Mendonça, que falava aos embaixadores do Grupo Regional África, na abertura da visita guiada, no segundo dia do "Tour Diplomático” ao Pólo Industrial da Zona Económica Especial (ZEE) e que hoje encerra, esta actividade tem como objectivo mostrar as potencialidades do país e solicitar que os embaixadores advoguem, junto dos homens de negócios dos respectivos países, as oportunidades que o mercado angolano oferece.
Disse que a actual conjuntura tem mostrado que nenhum país, "por mais alto que seja”, pode, por si só, trilhar o caminho do desenvolvimento sustentável sem parcerias. "Angola tem vindo a adequar a sua legislação no sentido de criar um ambiente de negócios mais atraente não só para os investidores nacionais, mas também para os estrangeiros. A ZEE nasceu dessa visão, pois é do interesse do Governo angolano atrair cada vez mais investidores estrangeiros para o mercado nacional, com condições favoráveis que permitam maior fluidez nas transacções comerciais”, afirmou.

Uma outra garantia dada pela secretária de Estado tem a ver com o facto de os investidores estrangeiros poderem estar seguros, pois os investimentos em Angola estão protegidos nos marcos da legislação em vigor, a qual permite a recuperação do investimento e também garante estabilidade, continuidade e repatriamento dos capitais.Com isso, acrescentou, Angola acredita ser possível incrementar as parcerias de negócios entre os países do continente, com políticas de incentivos aos investidores internacionais.
"Boas notícias”

Ainda ontem, mas no período da manhã, o secretário de Estado para a Cooperação Internacional e Comunidades Angolanas, Domingos Vieira Lopes, pediu aos embaixadores europeus acreditados no país a servirem de portadores de "boas notícias” sobre Angola aos investidores dos respectivos países. Ao dirigir-se aos diplomatas do Grupo Regional Europa, que visitaram a ZEE Luanda – Bengo, Domingos Custódio disse que o Governo está a fazer esforços para deixar a dependência ao petróleo e avançar com o processo de diversificação económica em curso. Assegurou haver, em Angola, ambiente político, económico e legal favoráveis à entrada de investimentos externos."Deve haver um casamento entre a diplomacia e a economia para consolidar os esforços do Governo, e é isso que estamos a realizar”, disse.

Por sua vez, o presidente do Conselho de Administração da Agência de Investimento Privado e Promoção das Exportações (AIPEX) e da ZEE, António Henriques da Silva, mostrou abertura às parcerias dos organismos públicos que dirige e sob um quadro legal pronto para atrair e valorizar os investimentos externos nas quatro zonas em que se dividiu o país.Dirigindo-se aos mais de 20 embaixadores, encarregados de negócios ou representantes das missões co-merciais, António Henriques da Silva apontou os regimes de investimentos e áreas prioritárias como sendo portas de entrada para novos acordos.

Na apresentação bilingue (inglês e português) que efectuou, o gestor reconheceu 2020 como um ano atípico pelo volume de investimentos que mobilizou, isso por causa dos efeitos mundiais da pandemia da Covid-19, mas que, desde 2018, existe ambiente de maior atractividade aos investimentos sejam eles de nacionais ou de estrangeiros.

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