O Dia da Mãe é comemorado em Angola e em muitos outros países, no primeiro domingo do mês de Maio. É uma data católica celebrada em homenagem à Virgem Maria, mãe de Jesus.
Luanda prepara-se para acolher o maior evento internacional de tecnologias, comunicações e inovação realizado no país, o ANGOTIC’2024, que terá lugar nos dias 13, 14 e 15 de Junho, sob o lema “Digitalizar, Conectar e Inovar”.
A 43ª Cimeira Ordinária da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), que confirmou, quinta-feira, em Luanda, João Lourenço como o novo presidente em exercício da organização, analisou, de forma exaustiva, a questão de paz e segurança naquela região, em África, de uma maneira geral, e no mundo.
"A estabilidade nesta zona de Moçambique será a chave para que consigamos dar passos objectivos tendentes à captação dos apoios necessários à reconstrução económica e social da província de Cabo Delgado e, consequentemente, do país”, frisou.
Na busca de solução para estes focos de instabilidade na região, o estadista angolano informou que a SADC vai continuar a trabalhar de modo a encontrar-se os melhores caminhos para a paz no Leste da República Democrática do Congo, em estreita coordenação e concertação com os outros mecanismos existentes actualmente para a resolução do que chamou de "intrincado conflito”.
Sobre este particular, o Presidente João Lourenço saudou a deliberação sobre o envio do destacamento das Forças da Brigada Reforçada da SADC para um período de 12 meses, cujo objectivo final é o de ajudar aquele país a encontrar os caminhos mais rápidos para a estabilidade, contribuindo, assim, para a pacificação total da região.
A situação vigente no Sudão, que já causou milhares de mortes, deslocados internos e refugiados e destruídas várias infra-estruturas do país, também mereceu atenção dos Chefes de Estado e de Governo da SADC durante a Cimeira.
Aqui, o presidente da SADC disse ter sido feito um apelo às partes em conflito, no sentido de se colocar um fim imediato ao uso das armas e aceitar resolver os diferendos que os separa, sentando à mesa de negociações, para se alcançar a paz necessária à reconstrução nacional e ao desenvolvimento económico-social do país.
"Acompanhamos, com muita preocupação, os acontecimentos na região do Sahel com o terrorismo por um lado, mas, também, as mudanças inconstitucionais de governos legitimamente eleitos pelos povos, através de golpes de Estado praticados pelas chefias militares”, ressaltou o Chefe de Estado, acrescentando terem encorajado, igualmente, os esforços dos líderes dos países-membros da CEDEAO, com vista à reposição urgente da ordem jurídico-constitucional nos países em causa.
João Lourenço referiu que a Cimeira defendeu, ainda, a necessidade de pôr fim à guerra entre a Rússia e a Ucrânia, devido às consequências que representa para a paz e segurança mundial, segurança alimentar e energética e para o comércio internacional.
"As armas devem se calar e ceder lugar à diplomacia para se evitar o escalar do conflito ou uma possível confrontação nuclear, negociando uma paz que seja realmente duradoura para a Europa”, realçou.
João Lourenço salientou que estes e outros conflitos que se desenvolvem em África e no mundo, associados à seca que afecta vastas áreas da região da SADC, as ainda presentes e nefastas consequências da pandemia da Covid-19 e outros factores, têm sido os grandes causadores da crise actual em torno do défice da produção alimentar mundial, devendo, por isso, fazer parte das preocupações e do esforço colectivo dos Estados da região na identificação de medidas que atenuem os impactos daí resultantes que levem a produzir mais produtos agrícolas até atingir a auto-suficiência alimentar.
O presidente da SADC disse que, durante os debates dos vários temas agendados, houve uma grande unanimidade de pontos de vista sobre a necessidade de haver unidade de acção entre os Estados-membros, visando o cumprimento das decisões tomadas em sede da Cimeira.
Informou que estas decisões serão cruciais para a efectivação do principal desígnio da organização, de fazer da SADC uma região pacífica, inclusiva, competitiva e industrializada, onde o capital humano deverá desempenhar um papel central em todas as estratégias de desenvolvimento.
Mas, para tal, ressaltou que será necessário trabalhar de forma afincada para o cumprimento das acções constantes no Plano Estratégico Indicativo de Desenvolvimento Regional, que estabelece uma agenda de desenvolvimento abrangente e sustentável nas áreas social, económica, política, governativa, de segurança e outras, cujos projectos prioritários, como sublinhou, necessitarão do esforço colectivo, com vista à mobilização dos recursos financeiros necessários à sua aplicação.
Pagamento de quotas
O novo presidente em exercício da SADC chamou atenção para a necessidade do pagamento, a tempo, das quotas, para a concretização de todas as iniciativas viradas para o crescimento da Comunidade. "Reconhecemos que hoje estamos bem melhor do que antes quanto ao cumprimento dos prazos em termos de contribuições, mas estou convencido que ainda não atingimos a excelência que pretendemos”, destacou.
O Presidente João Lourenço disse existir a necessidade premente de, cada vez mais, continuar-se a trabalhar, ao nível da região e com as contribuições possíveis dos parceiros de cooperação internacional, a fim de munir a região de todos os meios e ferramentas necessárias à implementação dos compromissos prioritários constantes do Plano Estratégico Indicativo de Desenvolvimento Regional.
Indicou que essa questão assume uma importância capital na captação de fundos para o apoio ao desenvolvimento social e do capital humano e para o reforço dos sistemas de ensino e formação técnico-profissional, bem como para a criação e modernização de infra-estruturas essenciais à integração regional.
A 43ª Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da SADC apreciou os documentos que ilustram, com clareza, o que foi feito durante o último exercício, os resultados obtidos e o que se pretende para o ano da presidência de Angola e as perspectivas futuras.
SADC indica Angola para presidência da UA
Os Estados-membros da SADC indicaram, ontem, durante a Cimeira, Angola como o candidato da região para assumira presidência da União Africana em 2025, altura em que o país estará a comemorar 50 anos de Independência.
"Aproveito esta ocasião para agradecer, em nome do Executivo e do povo angolano, a decisão dos Estados-membros da nossa organização, a SADC, em indicar Angola como seu candidato a assumir a presidência da União Africana no ano de 2025”, agradeceu o Presidente João Lourenço, que se fez acompanhar nesta actividade pela Primeira-Dama da República, Ana Dias Lourenço.
Vencedores do Prémio SADC
O Chefe de Estado felicitou os vencedores dos prémios SADC de Jornalismo e do concurso de redacção das escolas, expressando o desejo de que trabalhem com maior empenho para uma organização cada vez mais pacífica, desenvolvida, competitiva e integradora.
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