Assinala-se amanhã, o Dia de África, também conhecido como Dia de Libertação da África. Há 61 anos, portanto, em 1963, nascia, nesse dia e mês, em Addis Abeba, a Organização de Unidade Africana (OUA), instituída por 32 Chefes de Estado e de Governo africanos que se reuniram na capital etíope para tomar uma posição de apoio inequívoco à luta dos movimentos de libertação contra a colonização europeia e contra o regime de apartheid, que vigorava na África do Sul.
Ao longo da História da humanidade, o conhecimento, circunscrito à forma genérica, fundamenta-se na capacidade humana de entender as coisas. Além disso, ele pode ser aplicado, criando e experimentando o novo. Essa habilidade é exclusiva do ser humano. E diferenciam-se dos animais por estes desenvolverem mecanismos de aprendizagem por meio de acções práticas e da repetição de experiencias.
Ao iminente cientista e pensador alemão, Albert Einstein (1879-1955), é reconhecida a seguinte frase: "Eu temo o dia em que a tecnologia ultrapasse nossa interacção humana, e o mundo terá uma geração de idiotas". Ou seja, ele previra que o desenvolvimento das tecnologias poderia converter o ser humano em pateta, tolo ou estúpido.
Em verdade, nos tempos modernos, somos todos testemunhas da aproximação desta conversão. Está-se a perder a noção do que é correcto e do que é errado nas Redes Sociais e, quiçá, nas relações humanas.
Nas Redes Sociais constata-se, em alto nível, a insensatez, insanidade, irracionalidade e insensibilidade de muitos internautas (dados oficiais revelam que Angola tem hoje 11 milhões de usuários de Internet, o que representa uma taxa de 33% da população).
Confirma isso mesmo a seguinte caracterização, geralmente predominante ou frequente, dos conteúdos publicados nas Redes Sociais:
Exposição de segredos pessoais, segredos bancários e do Segredo do Estado; Divulgação ou devassa de vida privada, sem interesse público; Publicação de imagens íntimas de outrem ou de si próprio; Falsificação de identidade; Superficialidade nas análises, inclusive de assuntos públicos sérios; Atribuição de importância ao que é, indiscutivelmente, supérfluo; Divulgação de inverdades, maldades e inutilidades; Expressão de vontade deliberada de injuriar, difamar e caluniar, denegrindo a reputação e o bom nome e imagem alheia; Expressão gratuita de sentimentos negativos como a inveja, rancor, ódio e incitação à violência; Produção de julgamentos antecipados, incompetentes e não autorizados; Falta de compaixão ante o sofrimento e dor alheia; Feitura de comparações do incomparável; Publicação de morte de pessoas ainda vivas; Produção de humor sem graça; Etc.
Estas e outras características dos conteúdos de muitas publicações nas Redes Sociais evidenciam, claramente, a falta de sensatez, sanidade mental, racionalidade e sensibilidade. Contudo, o que acontece nas Redes Sociais talvez seja, de algum modo, reflexo do próprio comportamento social das pessoas, que também demanda melhoria.
Entretanto, não se pode dizer que as Redes Sociais têm sido apenas palco de discursos e atitudes negativas.
Por exemplo, a partir delas têm sido feitas denúncias importantes e produzidas informações de interesse público. Ainda assim, as Redes Sociais e a Internet em geral, em nossa modesta opinião deveriam exercer, entre outras, boas funções, servindo para aumentar a cultura geral, partilhar conhecimentos e experiências, e educar as pessoas sobre a saúde preventiva, a física e desportiva, a divulgação de valores morais e cívicos, ambientais, a realização de cursos técnicos profissionais de distintos níveis e especialidades, o desenvolvimento de negócios por via da Internet, música, artes e ofícios, sobre empreendedorismo e inovação, a economia doméstica, os direitos humanos, divertimento/entretenimento, etc.
Se os internautas se debruçassem nestes domínios estariam a contribuir para a formação de bons cidadãos e para o desenvolvimento de uma sociedade sã.
Os chamados influenciadores digitais, recorrendo a verdadeiras técnicas de pedagogia e de persuasão, prestariam bom serviço público se enveredassem nesta direcção.
Enfim, agindo deste modo, cremos que ainda seja possível evitar que o nosso mundo tenha, predominantemente, uma "geração de idiotas", como receava Albert Einstein.
*Licenciado em Ciências Sociais e em Gestão de Empresas
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