Especial

Alteração do preço da gasolina divide opinião em Mbanza Kongo

Kayila Silvina | Mbanza Kongo

Jornalista

Os habitantes da cidade de Mbanza Kongo, capital da província do Zaire, divergem quanto à redução gradual do subsídio à gasolina, que elevou, a partir da meia-noite de ontem, o preço de 160 para 300 kwanzaso litro deste derivado de petróleo, constatou, ontem, o Jornal de Angola.

03/06/2023  Última atualização 07H15
Preço da gasolina divide opinião © Fotografia por: Edições Novembro



Da ronda efectuada pelo Jornal, alguns taxistas e mototaxistas, abordados em Mbanza Kongo, consideram louvável a iniciativa do Executivo, uma vez que vai manter a tarifa da corrida dos serviços por eles prestados.

O mototaxista Garcia Neves Nefuani, 27 anos, que já efectuou o licenciamento da sua motorizada, disse que a redução gradual dos subsídios aos combustíveis, concretamente a gasolina, que sobe para a maior parte dos sectores, isentando os transportes públicos, vai ter dois efeitos, um positivo e outro negativo.

"A medida do Executivo vai prejudicar uma boa parte dos cidadãos, apesar do mototaxista e o taxista continuarem a adquirir a gasolina ao preço de 160 kwanzas o litro. Digo isso porque, pela exiguidade dos meios disponíveis para o transporte dos cidadãos, há privados que prestam serviços relevantes ao cidadão, todos os dias, e que serão obrigados a comprar o litro de gasolina a 300 kwanzas”, frisou.

Para reduzir o impacto negativo desta medida, Garcia Neves Nefuani entende que o Executivo deve ponderar o aumento do subsídio de transporte para os funcionários públicos que, vezes sem conta, usam os seus  meios para a deslocação de casa para o serviço e vice-versa.

"A subida do preço vai prejudicar o bolso de alguns cidadãos, porque muitos precisam de sair de casa para o local de serviço com meios próprios, porque nem sempre o taxista pode fazê-lo, daí que são obrigados a gastar mais valores para a compra de combustível. Como sugestão, o Executivo tem que aumentar um subsídio de transporte ao salário dos funcionários públicos”, sugeriu.

Quem também se mostrou preocupado com o corte gradual dos subsídios dos combustíveis foi o cidadão Monteiro Kizanzala, 40 anos, motorista há 15 anos, porque, na sua opinião, a medida vai criar muitas complicações para quem tem um meio de transporte pessoal que o leva ao serviço.

"As populações vão se acostumar com a subida do preço de combustível, mas não será fácil, tendo em conta a inflação que corrói o Kwanza, deixando vulnerável a economia do país,” avançou Monteiro Kizanzala.

Por seu turno, Eduardo Nimi, 45 anos, também, mototaxista, elogiou a medida do Executivo em não aumentar o preço da gasolina para o serviço de táxi,  porque vai manter a tarifa da corrida praticada até hoje.

"O Executivo está de parabéns pela iniciativa por pensar em nós os desempregados que dependemos do serviço de mototáxi, assim não vai prejudicar           o cidadão comum que depende dos nossos serviços, a medida é louvável”, enalteceu.

Comentários

Seja o primeiro a comentar esta notícia!

Comente

Faça login para introduzir o seu comentário.

Login

Especial