As vítimas de violações sexuais são, maioritariamente, crianças, mulheres, doentes e idosos, no fundo, seres humanos com defesas fragilidades, vítimas da cobardia de quem é fisicamente mais forte, pois jamais ataca quem lhes pode fazer frente.
Hoje a excursão não é para longe. É para aqui bem perto, mas para aprender a conhecer o conhecimento. As crianças das escolas, principalmente aquelas que já andam sempre de celular na mão, deveriam fazer excursões, bem organizadas, a este jornal, para conhecerem toda a gente que trabalha aqui, muitos sacrificando o sono para que no dia seguinte o jornal ande na mão dos ardinas com a vida da nossa terra e do mundo. Para aprenderem como se faz uma notícia, um editorial, uma reportagem e, se possível, como se trata uma boa e uma má notícia. Aprender o que é um editor, um redator ou um repórter. Aprender que um jornal é um lugar de escrita onde a palavra se pode saborear em silêncio.
Na madrugada um silêncio profundo som se fez
As vozes eram gritos escondidos num porvir
Anunciando da vida um novo sopro de revés
Solto entre o desespero e a esperança de a ti ouvir
Entre as chapas do zinco que os tectos des cerram
E as fenestras da madeira da casa coberta
Uma infância de sonhos com vida e incerta
Fez-te refrão nos sorrisos que não se perderam
Qual folha solta de mulemba vagueante
Voaste nos mundos que outros trouxeram
Olhando as nuvens em teu céu ambulante
De muitos em teus braços os sonhos cederam
As acácias de copa espreitando teu altivo olhar
Vergando em teu passo de primoroso cotejo
Suspiraram seus ais por em seu ditoso pejo
Não poderem como tu a mulemba alcançar
Tocaste-a pueril nos becos do teu Zangado
Correndo nas berridas que aos outros sofridos
Teu longo passo tornava o vento atrasado
Cerziam nas esquinas mil anseios escondidos
E assim sorrias sobre o luando estendido
Da mãe em cujo doce mirar te via muito crescer
Suspirando sonhos que teu sorriso escondido
Aos poucos sorrindo ao dela fez também nascer
Ao longe teu nome de porte o teu sonoro
Vibrava nas arenas da urbe que se fez tua
Alardos se cantavam do teu jeito em coro
Qual paixão das gentes no discreto cantar da ndua
Dos campos da África tua ao ar de uma bola
Volante ao Mundo em tuas mãos de forte
acertar
Ao vento se fazia ante teu olhar o nome Angola
Nas emoções que aos corações pudeste plantar
Entre os aplausos de um mundo que alegre te viu
Nascer galgando esquinas e becos sob a mulemba
Nos passos sábios da tua gene de força o semba
O coração, oh Ângelo de todos hoje se partiu
O choro não voa tanto como teu longo salto
As vozes denotando ao longe na estrada se perderam
Mas na alma das mães o choro voeja alto
A dor ferindo âmagos dos que crescer te fizeram
NganaNzambi como fica o silêncio infinito
Surripiado monandengue da alma na foz deum grito
Se é calunga nguma que de soslaio a porta bateu (?)
Ngikuatekesseeê… eis que o nosso mundo cedeu
Quantos choros no lúgubre folhear hoje retidos
Da mulemba amiga frondosa em cuja sombra
Teu sorriso aberto com outros no tempo fundidos
Ao seu longo encanto penoso agora soçobra
As mulembas da Brigada, ali choram de tanto clamor
Nos becos que as almas do bairro desembocam
Soletrando o desespero de te ver partir
Negam-se as chegadas amigo irmão grande a sorrir
Como grande serão os ais que petrificados ficam
Não se diz adeus a tua alma gigante meu irmão
Verte-se em silêncio por ti uma nobre canção
Suspirada qual bola que no ar rola em teu olhar
Quiçá as lágrimas como vês os rostos nossos molhar
Vemos-te sorrindo para nós como se a dor se
esquecesse
Hoje Ângelo e sempre, Ngana Nzambi
ngikuatekesse
Coimbra,17 de Abril de 2024
Manino (Xavier Jorge)
Seja o primeiro a comentar esta notícia!
Faça login para introduzir o seu comentário.
LoginAngola é um país com muitos recursos naturais. Apesar da maior referência recair sobre o petróleo, os diamantes, ouro e, mais recentemente o lítio, os recursos marinhos constituem uma outra vertente do potencial económico do país que, em teoria, pode constar da pauta dos grandes contribuintes do Produto Interno Bruto.
Quase cinquenta anos depois das independências dos países africanos de expressão portuguesa, quando se devia solidificar um pensamento político que afugentasse por completo o espectro do paternalismo, um sintoma que cronicamente acomete numerosos sectores em Portugal, somos hoje, ainda, confrontados com manifestas tendências de ingerência nos assuntos internos de Estados independentes e soberanos.
Celebra-se, hoje, o Dia Internacional da Biodiversidade, data instituída pela ONU e que homenageia o momento em que foi aprovado o texto final da Convenção da Diversidade Biológica, chamado “Nairobi Final Act of the Conference for the Adoption of the Agreed Text of the Convention on Biological Diversity” (Acta Final de Nairobi da Conferência para a Adoção do Texto Acordado da Convenção sobre Diversidade Biológica), um documento que acompanha, com as devidas modificações e adaptações, as sucessivas cimeiras ou denominadas conferências das partes, viradas para as questões ambientais.
O comandante provincial de Luanda da Polícia Nacional orientou há dias, um conjunto de medidas que visam travar os assaltos, protagonizados por supostos marginais nas centralidades do Kilamba, Sequele, quilómetro 44, assim como em condomínios localizados em vários zonas da capital.
Mais de 300 membros da Igreja Evangélica de Angola (AEA), doaram hoje sangue, no Centro de Conferência de Senhoras da Assembleia de Deus Pentecostal, no Ramiro, no sentido de ajudar a salvar vidas nos hospitais da cidade de Luanda.
Pelo menos 11 trabalhadores perderam a vida e outros dois ficaram feridos devido a uma explosão ocorrida numa fábrica de processamento de açúcar, na Tanzânia, anunciou, esta quinta-feira, a imprensa internacional.