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“Bienal de Luanda contribui para resolução de conflitos”

Os gestores públicos e membros de organizações da sociedade civil, em Benguela, reafirmaram que a realização da 3ª edição da Bienal de Luanda, além de reforçar as relações de cooperação, nos vários domínios, entre os Estados, é uma demonstração clara do contributo do país na resolução de conflitos a nível do continente-berço da humanidade.

24/11/2023  Última atualização 10H01
Leonel Lopes, presidente da Organização Não-Governamental angolana Elikongelo/ e Jorge Sapesse, director de Benguela dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria © Fotografia por: Maximiano Filipe | Edições Novembro
Em declarações ao Jornal de Angola, o director do gabinete provincial dos Antigos Combatentes e Veteranos da Pátria, Jorge Damião Sapesse, referiu que o evento é de tamanha importância na vida de todos os africanos e de Angola, em particular, que granjeou confiança dos demais países de África.

O responsável sublinhou que Angola tem servido de exemplo no domínio da mediação, promoção da paz e estabilidade para muitas nações.

Segundo Jorge Sapesse, a experiência de Angola no que toca à gestão e mediação de conflitos, bem como à promoção da estabilidade tem servido de modelo para muitos países do continente, uma realidade demonstrada no acto de abertura da Bienal."Tal como disse o primeiro Presidente da República, o saudoso Dr. António Agostinho Neto, ‘Angola sempre será uma trincheira firme da revolução em África’ e prova disso é a realização deste evento”, enfatizou.

Para o director do gabinete provincial da Saúde, António Manuel Cabinda, a conferência Pan-africana sobre a Cultura de Paz é uma prova inequívoca da qualidade que Angola conquistou, na senda internacional. "O nosso país tornou-se um interlocutor válido para a resolução de situações que, muitas vezes, embaraçavam a dinâmica e progresso das nações”, reconheceu.

Disse que a diplomacia angolana no continente tem garantido o processo de reconstrução da paz efectiva, visando o bem social, cultural e económico das populações africanas.

Leonel Silva, líder da Elikongelo, Organização Não-Governamental angolana, comungou da mesma ideia, defendendo, mais adiante, que Angola deve saber tirar melhor proveito deste evento, para que continue a atrair investidores africanos, no âmbito das boas relações de cooperação.

Para Sabino Sakoka, representante da Associação Juvenil para Solidariedade (AJS), "a união faz a força” e considera que a realização da Bienal de Luanda pode ser o ponto fundamental para que a África, enquanto continente berço, seja cada vez mais dignificado e os líderes africanos apostem na concretização de acções que visam à realização dos povos dos respectivos países.

Líderes religiosos e académicos aplaudem espaço de reflexão

Elauério Silipuleni | Ondjiva

 O pastor da Igreja Presbiteriana no Cunene, António Ngula, afirmou que a 3ª Edição da  Bienal de Luanda representa a oportunidade de Angola mostrar ao mundo a capacidade da cultura de paz como um espaço de reflexão e divulgação de ideias e boas práticas pertinentes à justiça, solidariedade, democracia, educação e  cidadania.

António Ngula considerou a Bienal de Luanda como um fórum internacional que surge com o objectivo de promover a cultura de paz, educação e diálogo, que desde 2019, se tornou numa plataforma  de prevenção de conflitos, multiplicação de conhecimentos, pensando na paz em todo o mundo.

"A 3ª edição da Bienal de Luanda é uma oportunidade não só para os participantes, mas para todo o continente reflectir sobre o valor da paz, sobretudo neste momento em que estamos a vivenciar conflitos por todo o lado”, alertou.

O líder religioso referiu que Angola tem mais uma vez a oportunidade de mostrar aos Chefes de Estado e representantes da UNESCO, que podem contar com a sua experiência na promoção da cultura do diálogo para o alcance da paz, processos de reconciliação entre os Estados, o ambiente de paz definitivo que o país vive, expressão de cidadania, gastronomia, música e danças.

"O fundamental na Bienal de Luanda é a educação da cultura de paz para o processo da conservação e da garantia da paz no continente”, reforçou.

O pastor António Ngula disse esperar da Bienal o aprofundar da partilha de visões sobre a cultura de paz, segurança, cidadania africana, democracia para a construção de sociedades pacíficas, transformando atitudes e abordagens nos domínios da política, economia e cultura, com vista ao fortalecimento dos pilares do progresso integral do continente.

Para a académica Fabiana Hitaluakwa, a Bienal demonstra o compromisso de Angola com o continente africano, sobre diálogo da cultura de paz, tendo acrescentado que Angola tem mostrado, nos últimos tempos, vontade na promoção da paz em África.

"Muitos países africanos têm problemas de estabilidade política e essa Bienal vai permitir um diálogo mais aberto com diversos líderes”, assinalou.

Segundo Fabiana Hitalukwa, durante a Bienal vão ser abordados temas como o papel da mulher no processo da paz e segurança, as alterações climáticas e os desafios de adaptação ambiental e outras políticas que promovem o desenvolvimento de África.

Fabiana Hitaluakwa disse ser fundamental a capacitação e formação permanente dos jovens africanos, por ser essencial para o desenvolvimento do continente.

"A Bienal é um compromisso que o país tem com o continente, ao compartilhar as suas políticas na promoção das boas práticas para promoção da paz. É fundamental que o país mostre o caminho para a resolução de conflitos no continente”, frisou.

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