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Cerca de oito mil visitantes na Feira dos Municípios e Cidades de Angola

O primeiro dia da Feira dos Municípios e Cidades de Angola, aberta quinta-feira, no Complexo da Nossa Senhora do Monte, no Lubango, província da Huíla, registou a visita de 7 856 pessoas, segundo dados da organização.

12/08/2023  Última atualização 08H15
Além do potencial exibido pelos municípios, os visitantes também aproveitam o momento para comprar muito do que ali está exposto © Fotografia por: Arimateia Baptista | Edições Novembro
No certame em que participam 18 províncias, 164 municípios, 128 empresas, e onde 1.327 cidadãos encontraram emprego temporário, os expositores exibiam as potencialidades de cada localidade presente.

A tenda de três naves, montada pela Eventos Arena e que disponibiliza 10 mil metros quadrados de área coberta e outras cinco mil no exterior, totalizando 15 mil metros quadrados, recebe milhares de visitas diárias, desde crianças até adultos.

Para além do potencial exibido pelos municípios, os visitantes também aproveitam o momento para comprar muito do que ali está exposto.

Por exemplo, no stand do município de Cacuaco, província de Luanda, os expositores venderam, só ontem, cerca de cinco caixas de tomate, cujo preço do balde de 10 quilogramas se fixou nos 1 000 kwanzas; mas, havia também outros produtos colhidos da zona agrícola da Funda, bem como peixe e bebidas tradicionais.

Cacuaco levou ao Lubango mais de 300 toneladas de peixe fresco do mar diverso, 200 litros de maruvu (bebida extraída da palmeira), além de ginguba, batata-doce, mandioca e serviços médicos especializados.

Os municípios da província de Luanda estão em peso e cada um a mostrar a sua diversidade. O Belas levou a sua "jóia” da coroa, a Centralidade do Kilamba, com a apresentação de fases avançadas do que se pretende ainda construir no maior projecto habitacional do país e construído totalmente pelo Governo, no período pós-independência.

Já no pavilhão de Cabinda, os quatro municípios combinam o melhor do que a província dispõe e formam uma oferta multiforme. Em Cabinda, os visitantes encontram petróleo, do bruto ao refinado, com uma exposição em miniatura da plataforma LIFUA, montada na província e operada pela Chevron, assim como o cacau e café do Projecto de Desenvolvimento da Cadeia dos referidos produtos, de iniciativa público-privada e com apoio de entidades externas.

Um dado a ver na Feira dos Municípios e Cidades de Angola tem a ver com a diversidade cultural em amostra, desde a música, dança e trajes locais. Dob kintwene, de Cabinda, à Txianda, das Lundas Norte e Sul, ou as danças folclóricas das mulheres do Bié e dos homens do Cunene e Cuando Cubango, tudo combina.

Os comentários de expositores e visitantes, no interior da mega tenda montada no Estádio da Nossa Senhora do Monte, são de que o convívio entre os 164 municípios de Angola está a revelar-se uma verdadeira festa nacional, com comidas típicas, danças, músicas e produção nacional, desde a agricultura à indústria e serviços.

A organização da Feira dos Municípios e Cidades de Angola projecta uma presença geral de mais de cinco mil pessoas envolvidas, entre expositores e staff em serviço, sem contar as visitas diárias ao evento.

A Feira dos Municípios e Cidades de Angola encerra, amanhã, com uma gala de premiação das melhores participações do evento, realizado de 10 a 13, e que vai já na sua 4ª edição.

  Produção agrícola mostra a força do Lubango

A produção agrícola nacional está a mostrar o potencial e os níveis de resposta que podem garantir a procura interna de bens alimentares.

Nos 164 stands dos municípios e cidades, a agricultura domina as amostras em mais de 50 por cento dos produtos expostos, seguida pela indústria, serviços, cultura e recursos minerais.

As províncias do Centro e Sul, assim como as da região Norte provam a sua vocação agrícola. O litoral está a combinar a vasta experiência com a exploração dos recursos do mar (peixe, mariscos e outros crustáceos), com a actividade agrícola e a industrial também intensa.

Desde a banana pão ou mesmo de mesa, do Uíge e de Cabinda, à batata-doce e rena de Malanje e do Cuanza-Norte, espera-se, que, hoje, o certame abre-se mais aos visitantes por se tratar de um dia não normal de serviço (repouso para os serviços públicos).

A agricultura confirma também a posição de sector de arranque para o desenvolvimento pretendido. Além de diversificada, a produção patente nos diversos stand mostra o quanto os solos são aráveis e férteis para a produção de alimentos, desde que se alinhem os programas e os incentivos aos produtores familiares e empresariais.

As estimativas apontam para uma presença de mais de 200 toneladas diversas de produtos agrícolas e a organização estima apresentar na segunda-feira, durante uma conferência de imprensa, o consolidado sobre o que cada província trouxe e os níveis de negócios gerados pela IV edição da Feira dos Municípios e Cidades de Angola.

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