Cultura

Confirmados 40 músicos na “festa” Internacional de Jazz em Luanda

Analtino Santos

Jornalista

O Festival Internacional de Jazz, agendado para decorrer de 30 deste mês a 1 de Maio, na Baía de Luanda, tem já confirmada a participação de 40 músicos, entre nacionais e estrangeiros, e o regresso da exposição de artes visuais com obras de 23 artistas plásticos, anunciou, sexta-feira, em conferência de imprensa, no Centro de Imprensa da Presidência da República, CIPRA, o porta-voz da Bienal de Luanda, Neto Júnior.

27/04/2024  Última atualização 08H57
Artistas Neusa Trovoada e Catalina Zico Medina © Fotografia por: DR

"O número de artistas aumentou de 36 para 40, entre os quais se destacam novos talentos, nomeadamente a cantora camaronesa de sucesso Julienne Sakwe Time e o músico da República Democrática do Congo (RDC), Jean Goubald, que detém um vasto repertório musical de amplo reconhecimento artístico na actualidade”, disse.

De acordo com Neto Júnior, o aumento do número de artistas deve-se ao grande interesse da comunidade musical internacional em participar no festival da Baía de Luanda, que já é uma marca cultural de renome fora de portas.

"Amanhecer no Mundo: Juntos pelo Crescimento Inclusivo e Educando pela Arte” é um lema que promove a união, o diálogo intergeracional, a diversidade cultural, a compreensão mútua e o progresso continental, envolvendo artistas através do Jazz e das artes visuais.

Marcos Agostinho, que falou pela produção do evento, explicou que o festival não está centrado apenas no concerto de Jazz, pois é multidisciplinar, tendo destacado a exposição de artes visuais, com obras que estão a ser criadas na residência artística, que está a decorrer desde o passado dia 15, na American School of Angola (ASA), sede do Resiliart Angola.

"O festival é uma actividade multidisciplinar híbrida, em que vai envolver artes de várias formas, artes plásticas, com performances e instalações. Temos 23 artistas que nos vão brindar com os seus talentos, fazendo-nos apresentar obras sobre o tema ‘Amanhecer no Mundo: Educando pela Arte’, naquilo que diz respeito à cultura de paz, não violência e resolução do conflitos”, evocou.

A participação dos artistas visuais angolanos resulta de uma parceria de um ano com a União Nacional dos Artistas Plásticos (UNAP), que esteve representada por Rosário Matias, presidente de direcção. O dirigente cultural fez um balanço positivo da parceria com o Resiliart Angola e reiterou que nas próximas edições a instituição que representa estará presente.

"Na residência que está a decorrer, a UNAP está com  19 artistas e pensamos nas referências também que nos foram dadas, nomeadamente para o empoderamento juvenil, género e a abrangência nacional, com a indicação de dois artistas não residentes em Luanda, o Niquesse Bumba, de Cabinda, e o jovem Luís, que o Mestre Belo traz do Uíge”, explicou.

Na conferência de imprensa estiveram presentes as artistas visuais Neusa Trovoada e  Catalina Zico Medina, ambas participantes na residência artística. A primeira,  angolana a residir em Portugal, e a segunda, colombiana, revelaram que têm feito um trabalho de pesquisa e deram nota positiva ao intercâmbio com os artistas que encontraram em Angola.

A organização reiterou que o êxito do festival está assegurado por um conjunto de condições técnicas, tecnológicas, logísticas, diplomáticas, institucionais e turísticas já criadas pelo Projecto ResiliArt Angola, em coordenação com a UNESCO, a Embaixada dos Estados Unidos da América e o Governo de Angola, no âmbito da Bienal de Luanda.

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