O Governo do Níger, que emergiu de um golpe de Estado em Julho passado, renunciou, em Março, o actual acordo de cooperação militar com os Estados Unidos, afirmando que a presença norte-americana passava a ser ilegal.

Os Estados Unidos da América concordaram, na semana passada, em retirar os mais de mil efectivos do Níger e anunciaramo envio de uma delegação a Niamey para preparar os termos da retirada. "Podemos confirmar o início das discussões entre os Estados Unidos e o Níger sobre a retirada ordenada das forças americanas do país", declarou o porta-voz do Pentágono Pat Ryder, citado pela CNN.

Uma "pequena delegação do Pentágono e do Comando dos EUA para África" está a participar nas discussões, acrescentou. Os Estados Unidos continuarão a explorar as opções possíveis para garantir que está sempre em posição de lidar com potenciais ameaças terroristas", garantiu Pat Ryder.

O ministro dos Negócios Estrangeiros do Níger, Bakari Yaou Sangaré, afirmou, num comunicado de imprensa, que discutiu com a embaixadora dos EUA em Niamey, Kathleen Fitzgibbon, "a questão da partida das forças militares norte-americanas".

O encontro teve lugar na presença de Maria Barron, directora da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), em Niamey, que garantiu que a agência iria "continuar a cooperação bilateral" com o Níger, anunciando "um novo acordo para substituir o actual, que expira em Setembro deste ano, segundo o comunicado.

Os Estados Unidos têm no Níger uma importante base de 'drones' [aparelhos aéreos não tripulados] perto de Agadez, construída com um custo de cerca de 100 milhões de dólares.