Especial

Francisco da Cruz defende promoção da cultura de tolerância para estabilidade do continente

Edna Dala

Jornalista

O representante permanente de Angola nas Nações Unidas, Francisco da Cruz, defendeu, ontem, a promoção de uma cultura de tolerância, maior inclusão política, melhor governação e de combate à corrupção em África, para se alcançar a estabilidade e impulsionar os Estados no desenvolvimento sustentável.

24/11/2023  Última atualização 10H43
Embaixador considera importante que África tenha exemplos na liderança de paz © Fotografia por: Francisco da Cruz |Edições Novembro
Em declarações ao Jornal de Angola a propósito de mais uma edição do Fórum Pan-Africano para a Cultura de Paz, o diplomata salientou que a estratégia de evolução da Bienal de Luanda passa pela domesticação de princípios e programas que fomentem a tolerância, a inclusão, a não-violência e a maior participação dos jovens e das mulheres nos processos políticos nacionais.

Francisco da Cruz considerou a Bienal uma boa oportunidade para se fazer um balanço de como as partes estão a evoluir neste processo e, também, para se ouvir a opinião dos vários intervenientes, a fim de melhorar os procedimentos, com adopção de programas e iniciativas plausíveis que permitam evoluir em direcção à paz e à estabilidade do continente. Referiu, nesse sentido, que a tendência dos países, cada um ao seu nível, será de duplicar muito daquilo que tem sido discutido na Bienal.

Para o diplomata , o programa da Bienal, concebido sob o lema "Educação, cultura de paz e cidadania africana como ferramentas para o desenvolvimento do continente”, envolve sempre um diálogo com os jovens e dá-lhes a possibilidade de expressarem as suas opiniões e expectativas para que, em conjunto, "encontremos a melhor forma de dar resposta a tudo isso”.

Francisco da Cruz disse que o futuro do continente depende da juventude, da sua formação e da entrega e espírito de responsabilidade. "O importante é preparar os jovens para as responsabilidades futuras, criando neles o espírito de tolerância, inclusão e aceitação da diferença, sobretudo na defesa do bem comum”, considerou.

Sistema das Nações Unidas

A coordenadora residente do Sistema da ONU em Angola, Zahira Virani, disse que o país é uma voz autorizada para abordar e promover a cultura de paz e estabilidade pelo facto de ter ultrapassado o conflito há mais de 20 anos.

"É muito importante que o continente tenha exemplos como Angola, com essa liderança de paz e segurança promovida pelo Presidente João Lourenço, designado Campeão para a Paz e Reconciliação”, ressaltou.

Zahira Virani acrescentou ser importante promover a estabilidade no continente, e mostrar, por esta via, aos outros países, parceiros e actores intercontinentais, que é possível viver em paz, estabilidade, segurança e com boa governação.

"É fundamental mostrar para África e para o mundo que é possível acabar com os conflitos, com todas as formas de violência e conviver em paz, em plena harmonia uns com outros”, concluiu a representante da ONU em Angola.

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