Especial

Mercado do Km-30 recebe produtos agrícolas de todas as regiões de Angola e de países vizinhos

Ana Paulo

Jornalista

As vendedoras do mercado do Km-30, em Luanda, atribuem nota positiva às famílias camponesas e aos grandes agricultores pela aposta na produção nacional a todos os níveis. Segundo vendedoras daquele mercado, o sector agrícola regista um aumento significativo na diversificação de produtos, em grande escala e com um bom padrão de qualidade, desde hortícolas, tubérculos e frutícolas, que chegam todos os dias à mesa das famílias.

02/08/2023  Última atualização 07H45
Para que os alimentos cheguem a Luanda, os fornecedores cobram das vendedoras o valor do frete por cada caixa do produto agrícola Administrador do mercado do 30 António Domingos Lopes © Fotografia por: António Lopes | Edições Novembro
A vendedora Domingas Antonino comercializa batata doce e mandioca, provenientes das províncias de Malanje, Cuanza-Sul e da zona de Catete.

Domingas Antonino é grossista. Ela adquire os produtos dos fornecedores que têm ligação directa com os camponeses e grandes agricultores. Domingas Antonino aponta a existência de grandes quantidades de produtos agrícolas nos mercados informais, facto que considera ser sinal de que as famílias camponesas estão mesmo a produzir e em grande escala.

Esta aposta dos camponeses na produção nacional, segundo Domingas Antonino, veio ajudar no sustento de muitas famílias, incluindo a sua, porque do que vende consegue o alimento diário para as crianças e custear os estudos dos filhos e sobrinhos. Vendedora no mercado do Km-30 desde a sua abertura, Domingas Antonino disse que optou pela venda de produtos do campo porque o "comércio interno” (produtos da cesta básica importados) não garante grandes lucros, principalmente no comércio a retalho. 

A título de exemplo, referiu que o arroz não tem tido um preço estável. Este produto encarece a cada ano que passa devido à flutuação do câmbio, e quando isso acontece não há ganho que dê para levar comida para casa.

Isso não acontece com os produtos do campo. Estes, segundo Domingas Antonino, têm muita saída no mercado e há grandes lucros, que permitem aumentar o stock. "A batata doce e a mandioca são produtos que muitos consumidores procuram. A preferência deles recai mais sobre a batata e mandioca de Malanje”, frisou. A título de exemplo, Domingas Antonino recebeu na terça-feira 100 quilogramas de batata doce e mandioca ao preço de 20 mil kwanzas vindos de Malanje.

"O produto vendido em caixas de 30 quilos ao preço de 8.500 kwanzas gera um lucro em cada uma de dois mil kwanzas”, frisou Domingas Antonino, que vende também batata e mandioca em montes de 1000, 500 e 300 kwanzas, para facilitar os clientes que adquirem o produto em pequenas quantidades.  "Para nós é bom quando os camponeses estão a produzir e a colher, porque também nos ajudam a trabalhar”, sublinhou Domingas Antonino, que espera receber, em Agosto e Setembro, dos fornecedores, mais quantidades de batata doce e mandioca, desta vez provenientes de Catete, na comuna de Cabire, e do Cuanza-Sul, concretamente dos municípios de Porto Amboim e Gabela.

 Cenoura e cebola da Huíla e do Huambo

Suzana Martins comercializa três variedades de produtos do campo, nomeadamente cenoura, limão e cebola. Segundo a vendedora, a cebola vem  da província da Huíla e a cenoura da província do Huambo, tudo produção nacional. Em relação aos preços, disse que variam. Na semana da reportagem Suzana Martins recebeu 30 sacos de cenoura de 30 quilogramas cada, que estão a ser vendidos ao preço de 8.500 kwanzas, enquanto a caixa de cinco quilos vende a 3.000 kwanzas.  "Sou grossista e tenho preferência pelos produtos do Huambo e Huíla, onde tenho fornecedores fiáveis, que não falham quando chega a época”, garantiu Suzana Martins, revelando que ganha de lucro em cada saco de cenoura e cebola 500 a 1.000 kwanzas.

"Quanto mais vendermos, mais lucros conseguimos tirar”, sublinhou. Falando sobre a quantidade e variedade de produtos que chegam ao mercado do Km-30, Suzana Martins diz que gostaria que houvesse mais repolho e pimento, produtos que estão em menor quantidade nesta época.

Outro produto comercializado em grande escala é a banana-pão, que é a preferência da dona Catarina Francisco. Geralmente o produto vem do Dondo (comuna de Cassualala) e Catete (comunas de Lalama e Cabire). A última aquisição é de 20 cachos de banana ao preço de 25 mil kwanzas.

No mercado, Catarina Francisco vende cada cacho ao preço de 2.000, 1.500, 3.000 e 3.400 kwanzas, dependendo do tamanho e qualidade do produto.

Batata rena em grande escala

Francisco Calei é outro grossista do mercado do Km-30, que recebe carregamentos de batata em grande quantidade. O produto é escoado directamente das famílias camponesas residentes nas províncias do Huambo e Bié.

O comerciante revelou que consegue despachar por mês 100 a 200 sacos de batata rena de 250 quilogramas. Na terça-feira, Francisco Calei comprou dos fornecedores 45 sacos de batata, vendendo 40 em menos de 24 horas, ao preço de 70 mil kwanzas cada.

"Quando cheguei no mercado, comecei a vender o produto a 70 mil, mas como encontrei grande quantidade baixei para 60 a 55 mil kwanzas, isto dependendo da dinâmica de cada mercado”, frisou, reforçando que quando o mercado regista pouca oferta, o preço pode chegar a 90 mil kwanzas. Na época em que havia pouca batata, Francisco Calei opta por vender cebola e cenoura. "Todos os produtos são valiosos, mas neste momento a cebola chega a ser a mais procurada pela população por ser da época e com muita oferta”, frisou.

Celina Faustino chega a adquirir dos fornecedores mais de 200 quilogramas de batata rena, quantidade que pode ir até 300 quilogramas ou mais.

 Na semana da reportagem Celina Faustino comprou 150 quilogramas de batata vermelha, ao preço de 50 mil kwanzas, e a branca a 40 mil kwanzas, proveniente da província do Huambo. Celina vende também a retalho, fazendo cada caixa de batata de 30 quilogramas ao preço de 9.000 kwanzas. O balde de cinco quilos de batata branca varia de 1.500 a 2.000 kwanzas e o de 10 quilos entre 3.500 e 4.000 kwanzas.

"Este tempo é da batata rena, tomate, cebola de folha, pimento, pepino, berinjela e quiabo. Estamos a ser bem servidas pelos camponeses”, frisou a vendedora. Esclareceu que a batata-rena vermelha serve para tudo, cozer, fritar e ir ao forno, ao passo que a branca serve apenas para fritos, porque quando cozida para a caldeirada se desfaz na panela.

Com vasta experiência no mercado, onde está há 25 anos, dos quais 12 no mercado do 30, Celina Faustino vende também cebola. Ao contrário das colegas, o seu produto é proveniente da República da Namíbia e África do Sul, que considera ter mais resistência que a nacional. "A conservação é mais prolongada e pode durar um mês, o que não acontece com a nacional, que tem menos tempo”, argumenta. "Os importadores de cebola vivem na província de Benguela e tão logo recebem o produto, enviam directamente para o Mercado do Km-30”, frisou.

O desejo de Celina Faustino é que, além dos produtos do campo, o mercado do Km-30 esteja também inundado com produtos da cesta básica, sobretudo o arroz e o óleo alimentar, "mas a bom preço”. Sublinhou que, nos dias de hoje, estes produtos estão mais caros, ao contrário da comida do campo, que hoje está a preços mais acessíveis.

 Escassez de repolho

Guilhermina Fumança, que comercializa repolho vindo das províncias do Huambo e do Cuanza-Sul, desde 2003, em grandes quantidades e a baixo preço, lamenta o facto de os camponeses terem aumentado o preço deste produto agrícola. A título de exemplo, acrescentou, anteriormente comprava 15 cabeças de repolho ao preço de 2.000 a 2.500 kwanzas, mas hoje, fruto da subida do combustível, a mesma quantidade varia entre 5.000 e 7.000 kwanzas, dependendo do tamanho. "Os agricultores, para realizarem o processo de rega, compram gasolina, isto é, para tirarem a água do rio precisam de abastecer a motobomba e o preço do combustível aumentou”, lamentou. 

Com a subida do preço, hoje vende-se 3 cabeças de repolho a 1000 kwanzas, e outras cada 300 a 200 kwanzas. "Anteriormente, três cabeças custavam 500 kwanzas e cada uma variava de 100 a 150 kwanzas”, frisou.

 Filha de camponeses

Quem também vive da venda de produtos do campo é Sabina Andundo, natural da província do Huambo. A mulher, que comercializa batata-rena, é filha de pais camponeses e tinha acabado de regressar da sua terra natal, aldeia Buindo, município do Ecunha, com 34 sacos de batata-rena de 50 quilogramas cada, que levou ao mercado do Km 30.

Para a venda do produto, teve que seguir a regra das colegas, juntando o produto para fazer sacos de 150 quilogramas para serem vendidos ao preço de 55 a 65 mil kwanzas. Para os clientes que desejarem comprar apenas o saco de rede vermelha (denominado pelas vendedoras por rede), o preço varia entre 22 e 23 mil kwanzas.

Além da batata-rena, Sabina Andundo vende também tomate, repolho e cebola, que são também colhidos da lavra dos pais. "Estamos a plantar mais batata por ser a altura certa, já que a cebola o período de colheita é nos meses de Fevereiro, Março e Abril”, informou a vendedora. Acrescentou que, no caso da batata rena, vende de três em três meses e quando não há produtos novos na quinta da família, compra dos camponeses vizinhos para revender no mercado do Km 30. 

Baixa colheita devido às enxurradas

Falando dos constrangimentos vividos pelos camponeses, Sabina Andundo informou que a lavra dos pais e de camponeses vizinhos registaram uma baixa na colheita de batata-rena devido ao excesso de chuva nos últimos meses.  Explicou que as chuvas que caíram até ao mês de Abril estragaram uma boa parte da plantação, porque quando se faz a rega, não pode cair mais chuva, caso isso aconteça, estraga o plantio.

Quanto à conservação dos produtos, Sabina Andundo explicou que no caso da batata-rena, depois de germinada, pode permanecer na terra um período de dois a quatro meses, e quando é colhida, o tempo de duração no mercado é de três semanas.   "Quando não conseguimos vender tudo, o produto que sobra serve de semente e plantamos de novo para germinar”, esclareceu.

Mercado oferece três variedades

O tomate está na lista dos produtos agrícolas como produto de Cacimbo, época em que é produzido em grande quantidade. Mas, há épocas em  que se torna raro e nessa altura os preços sobem.

O produto é comercializado em grande escala pelo vendedor grossista Mendonça Balanga, que recebeu 50 caixas de tomate de marca Lucira de 30 quilos cada, ao preço de 2.500 a 3.000 kwanzas, consoante a qualidade do produto.

No mercado, Mendonça Balanga começou por vender a caixa a 6.000 kwanzas, mas fruto da grande oferta e concorrência no local, baixou para 5.000 a 4.500 kwanzas.

Das 50 caixas de tomate, Mendonça Balanga conseguiu vender 17. As restantes, explicou, vão ser vendidas a preços mais baixos para despachar, já que o produto estraga com o tempo.

O comerciante esclareceu que o tomate apresenta três variedades: o tomate roma, proveniente da província de Benguela, o tomate lucira, do Cuanza-Sul, e o tomate normal, que é cultivado em pequenas lavras na província de Luanda, comuna da Funda.

O que diferencia um do outro, segundo o vendedor, são as condições climáticas e o tipo de terra onde é cultivado o produto.

Por sua vez, Maria Kissanga, também vendedora de tomate em grande escala no mercado do Km-30, compra os produtos provenientes do Cuanza-Sul, Luanda, no município de Icolo e Bengo, comuna de Cassoneca e na comuna da Funda.

Com uma experiência de 26 anos de mercado neste ramo, Maria Kissanga conseguiu comprar, na semana, 15 caixas de tomate de 30 quilos cada, dos quais conseguiu despachar 10.

As caixas foram despachadas ao preço de 2.500 e 3.000 kwanzas. Destas conseguiu despachar 10 caixas ao preço de 5.700 a 5.500 kwanzas.

Por ser época de muito tomate, a vendedora disse que o preço do tomate baixou significativamente, porque quando é fora de estação, as caixas rondam de 12 a 15 mil kwanzas.

"O preço hoje varia consoante a oferta. Quando há maior oferta, pode baixar até 3.000 kwanzas”, sublinhou Maria Kissanga, adiantando que em cada caixa tira um lucro de 700 kwanzas.

Camponeses da Funda Kilunda 

Os camponeses da Comuna da Funda Kilunda registam um aumento no nível de produção, mas desta vez com mais qualidade, o que motiva muitos comerciantes a comprarem a produção.

Os produtos da Funda que mais entram no mercado do Km 30 são as hortícolas, nomeadamente couve, jimboa, salsa, rama de batata, coentros, alface, alho francês, espinafre, repolho, gindungo, nabo, quiabos e cebola de folha. O tomate também é um dos produtos com grande potencial. Os comerciantes do mercado do Km 30 que vendem estes produtos adquirem-nos directamente dos camponeses da Funda e no grande mercado do Sabadão, na zona da Caop, onde é despejado o grosso da produção.

Para a comercialização destes produtos, a administração do Mercado do Km 30 criou um pavilhão exclusivo.

Verónica Fernandes, que comercializa cebola, é uma das comerciantes que compra os produtos da Funda. A título de exemplo, levou para o mercado 50 sacos de cebola, de 30 quilos cada, que na altura estavam a ser vendidos ao preço de 36 mil kwanzas. Por dia, consegue vender 12 a 15 sacos.

"O preço da cebola é instável, é mais caro. Na semana antepassada, vendemos ao preço de 42 mil kwanzas a caixa, agora como é a época deste produto, baixou”, frisou Verónica Fernandes. "Hoje, todos os camponeses que semearam cebola estão a colher e a escoar em grande quantidade para os mercados informais”, sublinhou, esclarecendo que vende o saco de 10 quilogramas entre 4.500 e 7.000 mil kwanzas.

Ao contrário das colegas, Verónica Fernandes não compra os produtos. Para não ficar em casa, ela fez um contrato com os camponeses. Recebe os produtos e depois de despachar tira o seu lucro de venda em cada saco e então entrega o dinheiro aos camponeses, obtendo um lucro de 500 a 1000 kwanzas por caixa.

  Ginguba e melancia da Zâmbia e da República Democrática do Congo

O administrador do mercado do Km-30, António Domingos, disse que chegam produtos agrícolas de todas as regiões do país, bem como de países vizinhos, nomeadamente da República Democrática do Congo e da Zâmbia.

       Dos países vizinhos, destacam-se produtos como a ginguba, melancia, entre outros.

Actualmente, em termos de comerciantes, o mercado do Km-30 alberga 3.464 vendedores, em sete pavilhões. António Domingos garantiu que a praça não regista carência de produtos do campo. Há registo de alguma escassez quando chega o tempo chuvoso, época em que os produtores sofrem algumas perdas. Para se prevenir das enxurradas, criam viveiros para o stock de produtos.

      Sem avançar números, o administrador disse que é incontrolável o número de carrinhas que entram e saem do mercado das 3 horas da madrugada até às 5 horas da manhã com produtos do campo.  

      "Quando chegamos encontramos os camiões já sem carga e os produtos nas mãos das comerciantes”, frisou António Domingos.

 Administração quer aumentar número de pavilhões

 A administração do mercado quer aumentar o número de pavilhões de sete para nove, para permitir albergar mais vendedores, que no período da Covid-19 abandonaram o mercado. Segundo António Domingos, antes da Covid-19 o mercado albergava seis mil vendedores, número que reduziu, porque na altura as praças eram abertas apenas três vezes por semana.

      Os vendedores que abandonaram o mercado criaram outras praças paralelas, onde permaneciam sem o cumprimento de horários.

        Hoje, salientou, esses vendedores estão a regressar de forma tímida, mas como zungueiros. No sentido de atraí-los novamente para o interior do mercado, serão construídos mais dois pavilhões para a venda de produtos diversos.

      Outro projecto em curso, realçou, é o processo de saneamento básico nas moagens. Nesta área, informou, está a ser retirado o solo degradado fruto das enxurradas, para que fique um tapete mais limpo e liso, que facilitará a circulação dos que aí trabalham. Naquela área funcionam 36 moageiras.

 Dificuldades no acesso ao mercado do Km-30

O difícil acesso ao interior do mercado continua a ser, para a administração, o principal "calcanhar de Aquiles”, iniciando logo pela entrada.

      António Domingos disse que a principal via de entrada tem causado muitos constrangimentos para quem frequenta o mercado, seja trabalhadores, taxistas, compradores e fornecedores. Quando chega o tempo chuvoso, disse, a situação tende a piorar, porque as águas que escorrem dentro dos bairros adjacentes acabam por parar no interior do mercado. "O local onde se encontra o mercado é uma descida e os bairros encontram-se na elevação. Esta situação dificulta os trabalhos administrativos, incluindo dos comerciantes, porque a tendência da água é descer”, frisou António Domingos.

"Tive conhecimento que o projecto de reparação das vias no interior do mercado está incluído no Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM), processo este que continuamos a aguardar”, concluiu.

Quatro pavilhões para a venda de produtos do campo

O mercado do Km 30 conta com quatro pavilhões específicos para a venda de produtos do campo. Actualmente, são mais de 10 variedades de produtos de época.

       Nestas áreas é visível a venda de produtos de época em grande escala, com maior realce para a batata-rena e cebola. Destacam-se, ainda, como principais produtos de época, o tomate, a cebola normal, cebola de folha, o pimento, o quiabo, a batata doce e a cenoura. 

      No que toca às verduras, o repolho e a couve encontram-se também em grande escala por ser o tempo certo, o clima de Cacimbo sem sol e chuva deixa o verdadeiro verde dos produtos. 

      Em relação às frutas, apenas dois produtos se fazem presentes em grande escala, nomeadamente a laranja e o ananás. As quantidades são também visíveis no mercado do Catinton, onde encontramos a vendedora Odete António, que ajuda a mãe na venda da laranja, proveniente da província do Zaire.

      A mãe de Odete comprou cerca de 120 sacos de laranja de 20 a 30 quilos cada, ao preço de 5.000 kwanzas. "Como é muita laranja, eu e as minhas irmãs estamos a ajudar a mãe nas vendas”, informou Odete António.

          O preço varia, dependendo do tamanho das laranjas, nomeadamente as grandes são cinco laranjas a 200 kwanzas, as médias sete custam 200 kwanzas e as pequenas variam de 8 a 10 laranjas a 200 kwanzas.  

  Valor do frete varia consoante a zona de origem

Para que os produtos cheguem a Luanda, sobretudo ao mercado do Km 30, os fornecedores cobram das vendedoras o valor do frete por cada caixa de tomate, cebola, batata-rena ou outro produto.

No local, o Jornal de Angola notou a presença de muitas carrinhas, que já tinham descarregado os produtos. Os motoristas, tão logo chegam, deixam as viaturas sob responsabilidade dos ajudantes e bagageiros, que descarregam a mercadoria.

Sobre a questão da transportação, o Jornal de Angola conversou novamente com o vendedor de tomate Mendonça Balanga, que esclareceu que alguns fornecedores, quando chegam com os produtos, cobram o valor do transporte por cada caixa.

O preço do frete, segundo explicou, varia de região para região. Quanto mais distante, maior o preço do frete. No seu caso, disse que quando recebe o produto de Benguela paga 1.200 kwanzas de frete, enquanto do Cuanza-Sul paga 900 kwanzas por caixa.

Da província de Luanda, por ser mais próximo, o frete varia de 400 a 500 kwanzas.

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