Embora os petrolíferos estejam no topo da classificação, juntamente com o diamantíferos, com 53 pontos cada um, enquanto os militares têm apenas 35, na sétima posição, os confrontos entre os rivais são de prognóstico reservado, devido à imprevisibilidade natural, independentemente, dos lugares ocupados na tabela classificativa.Os atletas encaram o desafio com motivação extra, pois, é uma contenda que abre espaço para o brilho não só colectivo, mas, também, de modo individual dos "artistas da bola”.

 
Petro de Luanda

O grupo comandado pelo técnico português Alexandre Santos realizou, ontem, o último ensaio visando o teatro das operações. Conjunto totalmente motivado e engajado na conquista pelos três pontos, trabalhou na máxima disposição. Ganhar é o verbo mais conjugado nas instalações do Catetão.

O treinador petrolífero tem um grupo saudável e disponível a 100 por cento. A única ausência confirmada é do médio Tchutchu, que continua entregue ao departamento médico.

Gilberto, avançado dos actuais campeões em título, pode ser a grande novidade no "onze inicial”. O atleta andou ausente das convocatórias e dos jogos oficiais, porém, se viu reintegrado há uma semana.

 
1º de Agosto

Na trincheira militar reina paz, saúde e muita energia positiva para derrotar oarquirrival. O empate consentido na jornada passada ante Académica de Lobito foi apagado da memória. Embora a equipa não entre nas contas finais dos candidatos à conquista do título, o 1.º de Agosto quer "vingar-se" do desaire atribuído ao seu conjunto no duelo da primeira volta, devido à utilização irregular e má qualificação do atleta Bruno de Jesus.

Filipe Nzanza quer derrotar outra vez Alexandre Santos nos confrontos directos. O treinador luso ainda não venceu o homólogo angolano dentro das quatro linhas. A única excepção, reserva-se ao triunfo obtido administrativamente.

"O batalhão" está confiante e expectante no desfecho da história do clássico número 87 entre tricolores e rubro-negros.

Confrontos

Desde 1981 a 2023, as duas equipas realizaram 86 jogos. O Petro soma 34 vitórias, contra 28 triunfos do 1.º de Agosto e 24 empates no meio. Os petrolíferos marcaram 91 golos, contra 72 rubricados pelos militares. No último embate realizado entre ambas equipas, no ano passado, terminou com uma igualdade no placar (1-1) para cada.

Declarações

Luís Garcia (adjunto do Petro)

"Vamos apresentar uma equipa forte”

O treinador adjunto e porta-voz do Petro de Luanda, Luís Garcia, promete uma equipa com a mesma postura ganhadora de sempre para se manter no topo da classificação geral do Campeonato Nacional de Futebol da Primeira Divisão.

 "Teremos o mesmo Petro que apresentámos nos últimos jogos. Por se tratar de uma fase crucial do campeonato, já não há muito a fazer”, disse.

O jovem treinador garantiu haver mexidas no sistema táctico: "Devemos melhorar os aspectos que carecem de benfeitorias e fazer bem o que deve ser feito. Vamos apresentar uma equipa forte e competente, como a que apresentámos nos últimos encontros”.

Tiago Azulão (Capitão do Petro)

"Vamos fazer  de tudo para dar alegria”

O capitão do Petro de Luanda, Tiago Azulão, manifestou a prontidão dos campeões nacionais para o jogo mais importante das "casas das apostas”. O brasileiro reiterou o objectivo de conquistar os três pontos.

"Sabemos da importância deste jogo. Por ser um clássico, vamos fazer de tudo para dar alegria aos nossos adeptos”, disse.

A promessa assenta na disposição que atribui ao desafio: "Estamos muito motivados por ser uma óptima partida para disputar, principalmente, por ser no Estádio Nacional 11 de Novembro, um campo com melhores condições”, disse Tiago Azulão, desvalorizando a força do talismã a favor do 1.º de Agosto.

Em respeito ao adversário, conteve a emoção e partilhou os níveis competitivos previstos: "Creio que vai ser um jogo muito equilibrado. Temos as nossas armas e pretendemos sair com a vitória”.