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Cuanza-sul: Transbordo do Rio Keve causa transtorno

O transbordo do rio Keve na Estrada Nacional 240, nas cachoeiras do Binga, município da Conda, está a causar transtornos na circulação de pessoas e bens naquela localidade e pode, a qualquer momento, interromper a circulação rodoviária entre as cidades do Sumbe e Gabela (Amboim).

19/04/2024  Última atualização 10H17
© Fotografia por: DR

As fortes chuvas que caem na região, desde segunda-feira, têm restringido o trânsito, devido ao transbordo do rio que atingiu níveis altos e ultrapassou a Estrada Nacional 240. Esta situação tem levado os automobilistas a redobrar os cuidados na condução enquanto circulam naquela área.

O estado da via e a cautela dos automobilistas têm provocado congestionamento  nos dois sentidos da estrada, deixando centenas de veículos com passageiros e mercadorias retidos por longos períodos de tempo.

Na ausência de agentes de trânsito no local, os jovens residentes da região estão orientando as viaturas sobre o melhor trajecto a seguir para aliviar o trânsito, cobrando quatro mil kwanzas para viaturas pesadas e dois mil para veículos ligeiros.

Para os pedestres fazerem a travessia de canoa, o valor cobrado varia entre 500 e mil kwanzas por pessoa. A situação pode se agravar nos próximos dias se as chuvas intensificarem, o que pode resultar em um aumento ainda maior no nível da água.

Os automobilistas estão preocupados com a situação da EN-240, por ser a principal via que liga o interior ao centro da província, bem como às províncias vizinhas para a circulação de passageiros e mercadorias.

Manuel Benguela, um camionista que circula por esta estrada há mais de 20 anos, afirma que é a primeira vez que vê um cenário deste tipo na localidade das Cachoeiras do Binga.

Ele expressou a preocupação com a dificuldade da circulação de pessoas e bens devido à estrada submersa e intransitável, destacando a complexidade de reverter a situação por se tratar de uma obra da natureza.

O camionista também lamenta a falta de reabilitação da Estrada 240, que há muito tempo apresenta buracos enormes, uma situação que ele acredita que deveria ser resolvida no âmbito do Plano Integrado de Intervenção dos Municípios (PIIM).

Para António Belmiro, um taxista há 16 anos, a situação da estrada é lamentável e a

travessia é crítica, com a água ultrapassando os joelhos das pessoas e o nível das viaturas ligeiras chegando até as portas. Destaca que a situação está ruim e tende a piorar com as previsões de chuvas fortes na região, o que resultará em um aumento do nível da água.

António Belmiro ressalta que este ano as chuvas também têm danificado completamente as estradas e criado inúmeras ravinas, um cenário nunca antes visto na região. Lembra que o Governo está actualmente limitado em sua capacidade de intervenção, uma vez que não pode lutar contra a natureza. Resta apenas aguardar a estação seca e esperar que o Executivo elabore novas estratégias para prevenir situações semelhantes.

António Belmiro faz um apelo aos automobilistas para que tenham maior cautela ao circular naquela localidade, pois se trata de uma situação que não está sob controlo humano e todo cuidado é pouco.

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