O Centro de Ciência de Luanda (CCL) realiza, no próximo sábado, 25, a 1.ª edição do projecto “Estórias no Imbondeiro”.
O Rei do Bailundo, Tchongolola Tchongonga, Ekuikui VI, vai proferir na quinta-feira, no Palácio de Ferro em Luanda, uma aula magna sobre “A herança da arte musical e fabricação de instrumentos musicais ancestrais no reino do Bailundo”, no âmbito da 3ª edição do Festival BALUMUKA.
A Escola “Turma do Básico”, em Benguela, tem estado a receber vários cidadãos, principalmente da Europa, para aprender a dançar kizomba, confirmou, segunda-feira, ao Jornal de Angola, o representante provincial da União Nacional dos Artistas e Compositores (UNAC).
Horácio Neves, que falava por ocasião do Dia Internacional da Dança, celebrado a 29 de Abril, avançou que a província tem estado a receber cidadãos vindos de Portugal, França e dos Estados Unidos da América, além de turistas oriundos do Canadá, Polónia e até da Finlândia.
Situada na rua José António de Almeida, a escola "Turma do Básico” existe há 18 anos e funciona com cinco professores, contando, actualmente, com mais de 80 alunos, dos 17 aos 83 anos, porque aprender a dançar não tem idade, é uma forma saudável de viver a vida.
Horácio Neves frisou que no ano passado a instituição ensinou kizomba a mais de 70 estrangeiros.
A dança em Benguela, reconheceu, deu um passo de gigante, concretamente na disciplina de danças de salão. "Mediante esse salto, nos últimos tempos Benguela tem estado a receber anualmente muitos turistas vindos, principalmente, da Europa e da América, para virem aprender a dançar kizomba e outras danças de salão”, sustentou.
Questionado sobre o estado actual da dança na província, Horácio Neves disse que está a crescer, sobretudo as de salão, ao contrário das tradicionais, que estão a decrescer, sobretudo o estilo Tchipuete, que constitui a dança tradicional das populações de Benguela.
A evolução da dança na província de Benguela, reconheceu, deve ser abrangente e nunca parar apenas nas danças de salão.
Horácio Neves anunciou para este ano a realização, em Benguela, de um Festival de Dança, que vai incluir as tradicionais. O festival vai ser dividido por zonas, por causa das etnias, disse, acrescentando que os municípios de Caimbambo, Cubal e Ganda, onde predomina a etnia hanha, têm o mesmo estilo de dança e constituem um grupo cultural consolidado.
A mesma realidade abarca a comuna do Dombe Grande, no município da Baía Farta, que tem o seu estilo próprio de dança, no caso os mundombes, à semelhança das populações de Bocoio, que também têm o seu modo próprio de dançar. "Queremos trazer todas essas danças no mesmo palco no mês de Setembro”, anunciou.
O festival, adiantou, vai ser realizado durante a semana do Dia do Herói Nacional, que se comemora no dia 17 de Setembro. "O objectivo do festival é mostrar o que Benguela tem em termos de riqueza das suas danças tradicionais”, informou.
O delegado provincial da UNAC, em Benguela, garantiu que estão a criar condições para o surgimento de uma Associação de Dança para congregar os diversos estilos, já que actualmente existem duas associações, uma de dança tradicional e outra de kuduro. "Precisamos unificar todos esses estilos para criarmos uma única associação de dança”, defendeu Horácio Neves, que teme pelo desaparecimento das danças ancestrais.
"Queremos, através da Direcção Provincial da Educação, voltar a ter as actividades que eram realizadas no âmbito das actividades extra-escolares”, ressaltou.
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